O povo brasileiro descobriu o poder do voto e provocou a eleição mais incomum dos últimos tempos na história do país. A história de um povo cansado não somente de denúncias de corrupção, alta carga tributária e com retorno pífio de benefícios, mas principalmente, cansado de insegurança e impunidade.
A imagem de Bolsonaro como “justiceiro”, de arma em punho e com coragem de enfrentar todos os conceitos intocáveis e irretocáveis de uma esquerda que não economizou em conceitos negativos contra ele, foi o que o elegeu.
A eleição no entanto, foi somente o primeiro passo do novo presidente, que toma posse em janeiro do próximo ano. Além de uma população atenta a todos os seus passos, Bolsonaro terá que enfrentar uma oposição forte.
Mesmo com a imagem arranhada do PT em razão das denúncias de corrupção, com seu maior líder preso, o canditado Fernando Haddad alcançou quase 45% dos votos. Analisando-se os extremos que tomaram conta da eleição, pode-se levar em consideração que nem todo o percentual é de fiel à aos partidos apoiadores de Haddad.
Uma parte pode ter sido o voto de protesto, para não eleger Bolsonaro. Mesmo assim, não se pode negar que o PT é competente em fazer oposição.