Líder da bancada do PP na Assembleia, o deputado João Amin solicitou ao partido providências quanto aos filiados que fazem parte ou vão fazer, do Governo de Carlos Moisés. Para ele, deve haver licença da sigla. Mais que isso, Amin avalia que ainda há muito discurso de campanha no novo governo e anuncia que posição de independência na Assembleia Legislativa.
O deputado revela ainda ter se surpreendido com a sanção, por parte do Governador, de projeto de sua autoria que obriga o Estado a inlcuir cilcovias nas obras.
João Amin também falou sobre a “velha e nova política”, e a eleição dele, do pai, Esperidião Amin ao senado e da mãe, Âmgela Amin para deputada federal.
O sr começou o ano com a sanção de uma lei de sua autoria sobre a implementação de ciclovias no Estado. Como é esse projeto?
O sistema cicloviário permite que os municípios se integrem. Ali na região de Timbó por exemplo, temos essa questão das bicicletas e da estrutura, exploram muito com relação ao turismo e faz com que o governo do Estado nas suas obras priorize o transporte por bicicleta, ciclovia..
Então inclui nos projetos as ciclovias?
Obriga o governo a construir dessa maneira. Eu confesso que até me surpreendeu a sanção do Governador mas eu aplaudo ele por fazer com que esse tipo de transporte, que gera saúde e muitos benefícios, seja uma política de Estado , já que o Estado vai ter essa obrigação.
O sr falou em “aplaudir o governador”. O sr é líder da bancada do PP na Assembleia. Como vai ser o comportamento do partido em relação ao governo?
Eu vou falar primeiro por mim: de total independência. Eu já vejo a maneira como o governador esté se pronunciando, está agindo… então a gente por exemplo… como vou votar contra um projeto que extingue as regionais? Impossível né?Vou aplaudir o governador. Mas por exemplo, esse decreto que parece que eles estão refletindo a respeito, já que o secretário da Fazenda é o mesmo, que no governo passado, no dia 31 de janeiro, fez com os produtores rurais com relação aos insumos, ao cidadão que tem menos renda a cesta básica impactada consideravelmente com o aumento do ICMS. Isso eu não concordo. Então cada projeto será analisado individualmente, vou poder estar junto com a bancada essa do ICMS a bancada assinou ação conjunta e fechamos posição. Outros assuntos cada um terá sua opinião.
Então a bancada não estará junto em todas as decisões. Não é essa a ideia…
O que a gente concordar, a gente vai estar juntos o que não concordar cada um vai ter sua independência até porque o parlamentar foi eleito individualmente, com a ajuda do partido, mas individualmente. Essa é a maneira que eu como líder vou ter como prerrogativa . E é dessa maneira que eu agi no Governador Colombo . O pessoal fala que éramos base do governo… eu votei em vários projetos contra. Aquele pedaladas da Celesc a extinção da Cohab e da Codesc…
O MDB fechou questão como partido de que seus filiados não participem do governo. Qual o posicionamento do PP em relação a isso?
Essa questão de não estar no governo até acho que o MDB fez o correto e já cobrei do meu partido que faça o mesmo até porque temos integrantes do partido filiado, por exemplo o vereador de Biguaçu Douglas Borba, que é secretário da Casa Civil. Se ele vai fazer parte do Governo de Carlos Moisés acredito que tenha que se licenciar do partido.
Sua avaliação com relação as primeiras medidas do governo Moisés em nome da economia, como a proposta de extinção das Regionais… E esse gesto de trazer na Assembleia um chipcard…
Eu por enquanto acho que está muito discurso de campanha ainda. Nós não conseguimos mensurar a economia de um cafezinho, do avião, do helicóptero … que ele muito propaga mas o governador precisa estar emChapecó, Criciúma, Brasília no outro dia… quanto vai gastar se precisar locar? Eu aplaudo a intenção, mas não consigo mensurar ainda a economia. E o Kennedy Nunes fez uma conta muito interessante que até tu publicou em primeira mão, que as vezes a pessoa anuncia uma economia mas se for colocar no papel não é economia de fato. Tive oportunidade de fazer pós graduação em administração, mestrado em administração e vejo que há ainda muito discurso político mas na prática ainda não dá para analisar. Ele vai economizar no cafezinho e vai manter o acúmulo de salários, vetando o projeto de lei? Que economia é essa?
O sr é a contra o veto então…
Totalmente contra o veto, a favor do projeto já que principlamente nesse governo vai ter um número de acúmulo muito grande.Tanto que já fiz um pedido de informação para saber quantos cargos do Governo do Estado vão estar acumulando salário, para saber o resultado financeiro disso. De repente é muito mais que o cafezinho né? Ou não… Vamos ver se o governador com suas atitudes está matematicamente balizando seu discurso.
O secretário da Fazenda, Paulo Eli declarou que pode haver dificuldade no pagamento da folha do funcionalismo. Essa preocupação já chegou à Assembleia?
Há uma certa desconfiança. De repente ele está usando esse discurso para manter o discurso dele do aumento do ICMS. Está fazendo um terrorismo de um lado, para justificar uma atitude precipitada, errada, do outro. Esse secretário ele é especialista em atrasar salários. Ele atrsou salários na época do Paulo Afonso. Ele era das cabeças da Fazenda. Então a gente pode desconfiar.Por isso fiz um pedido de informação também, para saber o que está levando ele a falar que vai poder atrasar salário ou não. Já que ele falava isso ano pasado todo também. Desde que o governo Colombo saiu e ele assumiu, ele falava que ah vai atrasar, vai atrasar… ai mandou medida provisória para a Assembleia mudando alíquota de ICMS, perdeu. O setor produtivo esteve aqui, se movimentaram a favor e não está indo no ponto chave desse assunto que são R$ 6 bilhões em benefícios fiscais que passa pelo gabinete do Secretário. Isso não passa pela Assembleia. Não temos como ter essa transparência. Então vamos analisar os R$ 6 bilhões, não o ICMS do feijão, dos insumos dos agricultores.. O rombo é muito grande mas está em outro lado, não dessa maneira como ele está agindo.
A eleição de 2018 tem dois termos: a velha política e a nova política… isso até foi tema no discurso do presidente da Assembleia, Júlio Garcia quando eleito. Existe uma nova e uma velha política?
Olha o Júlio Garcia no discurso dele conseguiu falar, se expressar melhor do que eu pensava, e eu concordo com ele. Nova e velha política é discurso de campanha e a campanha já passou. Há uma maneira de fazer política, independente de idade, independente de ser primeiro ou décimo mandato, que é atual, que economiza o recurso público, que é transparente, que se comunica, está à disposição para críticas, sugestões e há uma politicagem que aí realmente as urnas demonstraram… muita gente foi mandada embora. Vou dar exemplo. Meu pai já perdeu eleição, voltou pra faculdade, se atualizou e conseguiu se eleger novamente, depois de eleições perdidas. Não é fácil isso.Não considero que a maneira como ele faz política é ruim. Tanto que os catarinenses deram oportunidade a ele agora, mesmo com 40 anos de vida pública, ser senador. Eu acredito que as eleições ja passaram. O discurso e a prática muda bastante. vamos ver se quem se diz a nova política vai fazer de maneira atual, com a confiança que os eleitores depositaram neles, ou não. Eu me considero da política. Eu poderia agora querer passar uma imagem de técnico já que tenho pós graduação, tenho mestrado mas eu me orgulho de ser político, de vim de uma família que é política …
Justamente o fato de ser uma família de política, é o principal alvo de críticas a vocês… O sr, sua mãe e seu pai…
Ainda mais com três candidatos ao mesmo tempo né? Fato inédito. Só os Bolsonaro conseguiram igualar no segundo turno tinham três candidatos e só elegeram três mesmo no sgeundo turno. Nós elegemos três no primeiro turno. Isso é motivo de muita responsabilidade, Não é bossalidade, não é arrogância. A gente tem que trabalhar cada vez mais. Essa eleição foi a mais difícil. Nós já perdemos eleição mais fácil que essa. Porque usaram isso como se fosse uma coisa negativa.
E não é?
Analisam o patrimônio da família , o serviço prestado pela família ao Estado. Teve até um colunista de Timbó que falou: quem dera se tivesse mais Amins em outros Estados. Eu me considero um sortudo. Por ter o pai que eu tenho, a mãe que eu tenho, o trabalho que eles executaram pelo Estado e executam…foi o que me despertou na política. Eu não deixava falarem de política na mesa do café da manhã, no almoço e na janta. Hoje eu que provoco. Eu viajei com minha mãe, e fiz mais de 200 municípios com ela e vi quando ela era candidata a deputada fedral, o lado bom da política. Não o lado do filho que sofre, por uma crítica, por uma injustiça. Eu tinha isso como trauma. Consegui acabar com isso viajando com ela pelo interior. Vendo uma ponte, uma maternidade, um trabalho social, um lugar que ela foi em uma enchente … é o lado bom da poítica isso. Se isso é a velha política, eu sou a velha política.