A menos de 15 dias para a convenção Estadual do PMDB, o deputado federal Mauro Mariani diz que a única forma de fazê-lo desistir da disputa é matando-o, acusa o vice-governador de pressão política e diz que votar em Eduardo Moreira é o mesmo que votar na reedição da coligação entre o PMDB e o governador Raimundo Colombo.Confira a entrevista completa do deputado:
Campanha – Já visitei 168 municípios e a base é unânime: quer que o PMDB tenha uma candidatura no próximo ano.Também há um sentimento de desconstrução das Regionais que estão fragilizadas administrativa e politicamente.
O Sr considera que deve haver mudanças nas Regionais? Do jeito que tá não dá pra ficar.
O Sr fala em candidatura própria do PMDB. Isso quer dizer que a possível eleição de Eduardo Moreira para a presidência significa o PMDB com Raimundo Colombo em 2014?
Não tenho dúvidas disso. O Eduardo reeleito, o PMDB estará com Raimundo Colombo e ponto. Candidaturas precisam ser preparadas, articuladas, construídas e ninguém constrói candidatura em um, dois ou três meses. Nosso projeto é outro. Nós vamos construir uma candidatura. Não é o nome do Eduardo ou do Mauro que estão em pauta neste momento mas os caminhos do PMDB para a eleição de 2014.
Com a proximidade da eleição aumentam os rumores de que o Sr poderia desistir de ser candidato em prol do senador Luiz Henrique da Silveira…Eu estou é aguardando o Eduardo desistir. Como eu posso desistir depois de andar todos estes municípios? Se for assim, tenho que desistir da política.
Mas e se o Eduardo desistir em favor do Luiz Henrique? O Sr toparia o acordo? Só tem um jeito de me fazer desistir: me matando. Só se me matarem. Não existe possibilidade de desistir.
Caso o Sr não vença a convenção, vai para o PSB? Isso é mais uma bobagem que estão falando por falta do que fazer. Nosso caminho é claro: se eu for o presidente vou trabalhar por uma candidatura própria do partido ao governo. Se não for vou cuidar da minha vida sendo candidato novamente a deputado federal.
Pelo PMDB? Sim, pelo PMDB.
O Sr esteve em Içara e recebeu apoio de pelo menos um dos convencionais. O Eduardo esteve lá e reverteu os cinco votos. O Sr avalia que a reversão é de fato pra valer?
Isso nós vamos ver no dia 29. A pressão política é muito grande. As pessoas estão sendo intimidadas e pressionadas.
O Sr teria uma expectativa para sua votação no dia 29 de junho? Estou convicto que vou vencer a convenção.
