"No Parlamento as decisões não podem ser monocráticas" - Karina Manarin

“No Parlamento as decisões não podem ser monocráticas”

 

Candidato mais forte para a presidência da Assembleia Legislativa, o deputado diplomado Júlio Garcia, do PSD adiantou que caso eleito pretende fortalecer o Colégio de líderes da Assembleia. A chapa eclética almejada por Garcia deve ter o MDB como vice apesar de o acordo ainda não ser confirmado por ele.

Na entrevista que concedeu nesta manhã ao site, ele informou também que o planejamento do PSD para as eleições de Criciúma é primeiro o fortalecimento da chapa proporcional.

Garcia chegou a formalizar convite para a vereadora Camila do Nascimento trabalhar em seu gabinete em Florianópolis mas ela declinou em nome de projeto à reeleição, o que confirma o planejamento do partido na cidade.  

 O sr esteve ontem com o prefeito em exercício Ricardo Fabris prestigiando uma liderança de seu partido. Quais os planos do PSD? Vocês terão um candidato a prefeito em Criciúma em 2020?

O Ricardo é o líder do nosso partido, presidente do PSD em Criciúma e tendo assumido a prefeitura eu fiz uma visita de cortesia no sentido de conversar, trocar ideais sobre política e administração. Nós vamos começar um mandato novo, queremos ajudar Criciúma através da administração Clésio e Ricardo então a visita foi neste sentido. O planejamento do nosso partido em Criciúma que será comandado pelo Ricardo Fabris com apoio do Ricardo Guidi, com meu apoio e junto com todos os integrantes do diretório e vereadores, é preparar o partido para a disputa da eleição de 2020. Qual o objetivo principal e primeiro: formar uma boa chapa de vereadores uma vez que não temos mais coligação para vereador. O segundo é cuidar do projeto majoritário. Isso nós vamos fazer a diversas mão e decidir o que vamos fazer na eleição majoritária um pouco mais a frente.

 

O apoio que o sr tem de todos os deputados do PSD para sua eleição como presidente da Assembleia, significa que a “rusga”com o presidente do partido, Gelson Merísio está superada?

Havia uma divergência no modo de fazer política o no encaminhamento da eleição de 2018. A eleição passou, todo mundo conhece os resultados e nós temos que começar uma nova fase e começamos essa nova fase, pós eleição. Estamos já em 2019, temos que cuidar de projetos e olhar para frente. O que passou, passou e não existem rusgas. Existiam divergências que estão sanadas. A bancada integralmente me apóia no caso da disputa da eleição de presidente da Assembleia e isso para mim é muito bom. A unidade é fundamental quando se trata de se construir um porjeto coletivo.

 Isso é sinal que Merísio continua no comando do partido quando houver a eleição para a Executiva?

Uma coisa não tem a ver com a outra. Essa Executiva Estadual vence no mês de junho e teremos convenções. É assunto para ser tratado mais para frente.

 Quantos votos o sr já conta para sua candidatura a presidência da Assembleia?

Eu diria que ainda não tenho 21. Quando eu tiver, as coisas melhoram.

 O sr sempre nega a possibilidade de um acordo para os dois últimos anos de mandato. Qual o motivo?

Quando eu cheguei na Assembleia agora no final de 2018 para começar a conversar com os companheiros, os deputados eleitos sobre a composição para 2019/2020, encontrei um quadro que previa a divisão de mandato em quatro anos. Quatro presidentes durante quatro anos. Isso não está previsto no regimento. Eu me coloquei contra isso de plano e entendo que isso não é bom para a Assembleia. Primeiro porque descumpre o regimento. O regimento prevê que são dois anos. Precisaria primeiro mudar o regimento. Segundo que o mandato de um ano, o presidente mal começa. Começa em março, termina em novembro. Então seria um mandto de praticamente de oito meses, um período muito curto para se fazer um planejamento para administrar a Assembleia. Em relação ao segundo biênio, o acordo que está se encaminhando, dando certo é importante que não se tenha compromisso para o segundo biênio para que todos os deputados que almejam, que pleiteiam de ser presidente possam ter o direito de disputar a eleição. Se você faz um acordo prévio lá na frente esse acordo primeiro pode não ser cumprido, o que é muito ruim. Segundo esse tipo de acordo não é bem visto pela sociedade também. É melhor que cada um cumpra seu mandato e quando chegar ao final se eleja o que tiver melhores condições até lá. O quadro pode mudar. Dois anos é muito tempo em política. Penso que é muito bom se conseguirmos um entendimento de uma mesa eclética com a participação de todos, uma eleição tranquila, sem nenhum compromisso para o futuro. É o que pode acontecer de melhor para a Assembleia nesse momento.

 

O sr fala em mesa eclética e nela, o que dizem os bastidores é que o MDB pode ser o seu vice. Esse acordo está fechado?

O MDB  tem uma bancada de nove deputados e evidentemente tem que ser considerado. Na mesa, nas comissões, nas grandes comissões, isso tem que ser considerado. Eu diria que as conversas estão bem encaminhadas mas não existe ainda um fechamento de um compromisso formal, definitivo por isso é bom ter cautela e aguardar as conversas que vão anteceder o dia primeiro.

 O fato de o PSL não estar cotado para fazer parte da mesa diretora, é uma derrota para o partido?

Não. penso que não é derrota nenhuma. O PSL primeiro tem o governo inteiro e segundo vai ter a participação nas comissões, vai ser ouvido na Assembleia. O problema é que existe uma pulverização de partidos e a mesa não tem lugar para todos. No caso do PSL, como são todos deputados novos e em tendo o governo, foi até uma iniciativa do partido através do líder do Governo dizendo que aguardaria as negociações, para só entrar no processo no final. Então, foi um processo natural, não é nenhuma derrota. Pelo contrário, acho que o PSL teve até grandeza no sentido de participar, ainda que não esteja compondo um dos cargos na mesa.

 O sr já foi presidente da Assembleia por duas vezes e já conhece bem a Casa. O que o sr mudaria caso fosse eleito para a presidência novamente?

Penso que o homem público tem que andar adequadamente ao seu tempo. De 2005 para 2019 as coisas mudaram muito. Vivemos um novo momento e a eleição mostrou isso, muito embora o sistema não tenha mudado.  A eleição mostrou que foi uma eleição diferente, mas o sistema não mudou. Os projetos têm que ir à Assembleia, têm que ser analisados, vão passar pelas comissões… o processo, a tramitação é a mesma tanto em âmbito estadual quanto em federal. Mas sé preciso que a gente compreenda aquilo que convencionou-se chamar recado das urnas, a sociedade não quer mais negociatas, privilégios... Tudo isso, a gente tem que trabalhar no sentido de fazer uma adequação, dentro disso que eu considero importante. Andar adequadamente ao nosso tempo.

 Mas não há algo específico que o sr já tenha planejado?

Se eu for conduzido à presidência, se eu disputar a eleição e vencer a eleição, vou estabalecer que todas as decisões passarão antes pelo colégio de líderes. Fortalecer o Colégio de líderes é fundamental. No Parlamento as decisões não podem ser monocráticas. O papel do presidente na minha avaliação é o de coordenador dos trabalhos do Legislativo. Não é um presidente Imperador , que vá lá impor as suas ideais. Acho que o presidente que vier a assumir tem que ter esse compromisso. De decidir colegiadamente e prestigiar o Colégio de líderes que é fundamental.

 

Sua avaliação dos primeiros quinze dias do Governo Moisés…

É muito prematuro fazer qualquer avaliação. O governador chamou para si toda a responsabilidade de compor o governo e evidentemente em tendo chamado para si essa responsabilidade ela vai ficar com ele. Então, se o governo der certo méritos totais para o governador, e eu torço para isso, e se der errado a responsabilidade total é dele. A composição foi dele ele fez com toda a liberdade para escolher, escolheu, adotou a postura de escolher tecnicamente em especial no primeiro escalão. 

 A briga no PSL é só inexperiência?

A briga no PSL tem que ser perguntada ao PSL. Do PSD eu respondo todas.

 

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