O risco de vidros estilhaçados na Câmara de Criciúma - Karina Manarin
O risco de vidros estilhaçados na Câmara de Criciúma

O risco de vidros estilhaçados na Câmara de Criciúma

 Quando, no início de mandato ou eleição do comando nos Legislativos, a Comissão de Constituição e Justiça é das mais cobiçadas. Por ela, passam todos os projetos a serem votados na Casa e por isso ali se tem o poder de levá-los adiante ou barrá-los ainda embrionários.

Na Câmara federal, fazem parte da CCJ os deputados José Genoíno e João Paulo Cunha, condenados no processo do mensalão. Motivo que poderia ser suficiente para que eles não pudessem estar lá.

Na Câmara de Criciúma, dos quatro vereadores da Comissão de Constituição e Justiça nenhum está condenado. Pelo menos não pela Justiça. Talvez pela opinião pública já que por unanimidade apoiaram o arquivamento do processo de Moacir Dajori, do PSDB, outro vereador que não está condenado, em que pese investigações contra ele.

A notícia nova é que o vereador José Carlos Melo, do PT, entrou com pedido para que a decisão da Comissão de Constituição e Justiça seja considerada nula. Para isso, apresenta fortes argumentos, como a questão o artigo 83 e os outros incisos que existem nele e que não foram citados pelo relator da matéria, vereador Toninho da Imbralit, do PMDB, que, a exemplo de Dajori, também responde processo na justiça.

O pedido do vereador petista foi protocolado ontem e encaminhado ao presidente da Casa, Itamar da Silva, do PSDB. O documento, no entanto, vai parar novamente nas mãos dos quatro vereadores da Comissão de Constituição e Justiça, sob o comando da professora Tati Teixeira, do PSD.

Por ali, a tendência é que continue valendo a tese do mais novo filósofo da casa. O vereador Riva Rosso, autor da pérola da semana:  "Quem não tem telhado de vidro que atire a primeira pedra".

As pedras por ora vão continuar nos bolsos sob pena de muitos vidros serem estilhaçados no Legislativo de Criciúma.

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