O esforço que o prefeito de Criciúma, Márcio Búrigo, do PP, tem feito para realizar um governo técnico começou a esbarrar na questão política. A nomeação do arquiteto André de Lucca, para a Secretaria de Obras provocou reações no PDT.
O principal ponto em discussão é a chamada “geografia das urnas”. O PDT elegeu dois vereadores sendo Ricardo Fabris o segundo mais votado na eleição de outubro. Apesar dos esforços para ocupar uma secretaria, pedetistas ficaram com a Famcri e o Procon.
Somado a isso, tiveram que apresentar documento assinado pelos vereadores do partido para confirmar que os nomes indicados foram escolhidos em reunião da Executiva, por consenso.
Paralela a negociação feita com o PDT, os agentes políticos progressistas conversavam no fim de semana com o PSB para acomodar André de Lucca na Secretaria de Obras.
A sugestão do ex-prefeito Anderlei Antonelli, presidente da sigla, aconteceu há dias e antes do convite oficial ao arquiteto, que é funcionário de carreira da prefeitura, outros foram convocados mas não aceitaram.
A questão em pauta no âmbito pedetista foi quanto ao fato de o PSB não eleger nenhum vereador e mesmo assim ter levado a secretaria.
Ontem, nos bastidores do Paço, reclamações pipocavam e promessas de providências também. Pelo menos neste momento, a tendência do PDT é engolir sem protestar.
Mesmo porque, além de estar na base, existem as promessas de acomodações ao longo do Governo. Mesmo assim, o prefeito Márcio há de prestar atenção no foco de descontentamento.
