VIDEO: Na diplomação, lágrimas de Lula dão lugar a discurso de revanchismo - Karina Manarin

VIDEO: Na diplomação, lágrimas de Lula dão lugar a discurso de revanchismo

O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva chorou ao ser diplomado na tarde desta segunda-feira, no TSE em Brasília. Foi na primeira parte do discurso, onde ele lembrou a sua primeira eleição e disse que o povo brasileiro deu um diploma a quem não tinha curso superior.

 As lágrimas no entanto, deram lugar a um discurso firme e de ataque ao atual governo, tachando-o mais uma vez de antidemocrático e acusando o projeto de Jair Bolsonaro de ser para a destruição do Brasil.

Mais que isso, Lula citou que a equipe de transição já teria detectado em suas palavras, a “destruição nacional”. Em seu discurso, o presidente eleito foi além quando falou que atos “antidemocráticos” não serão esquecidos e que “não podem se repetir”.

Revelou nas entrelinhas, força ainda maior na estratégia adotada por seus apoiadores durante quatro anos: destruir a imagem e qualquer possibilidade de retorno de Jair Bolsonaro ao poder, o que envolve inclusive a possibilidade de sua prisão após deixar o governo.

Os grupos de trabalho formados para a transição, a cada dia soltam informações sobre “rombos” deixados por Bolsonaro ou orçamento insuficiente, o que pode servir para justificar o estouro no teto de gastos, primeira proposta da transição.

Em seu discurso, Lula avaliou ainda que o que ele chama de “crise na democracia” ultrapassa fronteiras e que está sob forte ataque em todo o mundo, talvez o maior desde a Segunda Guerra Mundial. Lula avalia ser necessária a união para manter a democracia. Pode ser a justificativa para repetir parcerias já feitas em outros governos do PT, com países que comungam das mesmas ideias que o novo governo brasileiro mas não possuem riquezas para mantê-las, caso atual da Argentina e Venezuela.

O presidente eleito citou ainda que na disputa eleitoral recente, o que estava em jogo eram duas visões de mundo. Exatamente. São duas visões de mundo, com ideias distintas sobre gestão.

O primeiro, é o mundo que julga ser o Estado o pai de todos, com estouro em teto de gastos em nome de governar para os pobres, sem se importar com a responsabilidade fiscal. Caso haja consequências, como o aumento de impostos, jamais assumirá que elas são decorrentes de duas próprias atitudes. Vai colocar a culpa em governos anteriores.

O segundo é o mundo que aposta em mais liberdade, inclusive econômica e com a existência sem traumas inclusive de uma classe média, que gera emprego e renda.

O que está em jogo além fronteiras na verdade não é a democracia, mas essas duas visões de mundo.

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