O Governo do Estado encaminhou para a Assembleia Legislativa de Santa Catarina nesta quinta-feira a Proposta de Emenda à Constituição e o Projeto de Lei Complementar que tratam, respectivamente, da remuneração mínima de R$ 5 mil aos integrantes da carreira do magistério público estadual que possuam ensino superior e da recomposição salarial aos servidores da segurança pública.
A remuneração mínima de R$ 5 mil para os professores se aplicará àqueles com curso superior e jornada de 40 horas semanais. A medida deve beneficiar 12.252 servidores ativos, 10.119 inativos e 26.484 admitidos em caráter temporário, totalizando 48.858 professores, o que representa 63,9% do total de servidores que compõem o Quadro do Magistério Público Estadual.
“A valorização do trabalho dos professores é fundamental para a qualidade do ensino em Santa Catarina. São eles os grandes agentes de transformação e formação das gerações. O Governo do Estado hoje trata a educação como prioridade, com investimentos históricos”, destaca o governador.
Os projetos foram entregues ao presidente da Alesc, deputado Mauro de Nadal, do MDB. Os parlamentares José Milton Scheffer, Maurício Eskudlark, Dirce Heidersheidt e Silvio Dreveck acompanharam o ato, assim como o chefe da Casa Civil, Eron Giordani, os secretários de Estado Jorge Eduardo Tasca (Administração) e Luiz Fernando Vampiro (Educação), o procurador-geral do Estado, Alisson de Bom de Souza, o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Dionei Tonet, o delegado-geral de Polícia Civil, Paulo Koerich, o perito-geral Giovani Adriano, e o chefe do Estado-Maior Geral do Corpo de Bombeiros Militar, Marcos Aurélio Barcelos.
Segundo o governador, o trabalho de valorização de servidores estaduais deverá se estender às demais carreiras, com prioridade para a saúde e para as carreiras que estão sem reajuste há mais tempo.
O secretário de Estado da Educação, Luiz Fernando Vampiro, destacou que é um aumento expressivo de remuneração, chegando a um patamar de aproximadamente R$ 600 milhões em 2021.
O secretário ainda explica que, paralelamente a essa PEC, o Governo do Estado está fazendo um trabalho de descompactação da carreira do magistério. Isso faz com que o profissional inicie a carreira recebendo R$ 5 mil, mas possa progredir na remuneração com cursos de aperfeiçoamento e capacitação até o nível de doutorado. Esse projeto de lei deve ser levado ainda neste ano para apreciação da Alesc e, se aprovado, estará vigente em 2022.
O Governo do Estado também propôs recomposição salarial aos policiais militares e civis, bombeiros militares e peritos. As mudanças foram amplamente debatidas com 16 entidades representativas de carreiras da segurança pública de Santa Catarina. O investimento do Estado na valorização chegará a R$ 650 milhões, em 2022.
Pelo projeto, as alterações ocorrerão em dois momentos, em janeiro e julho de 2022. Há reajustes previstos para todos os níveis das carreiras. Se aprovado, a partir do segundo semestre do ano que vem, soldados da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar, agentes da Polícia Civil e auxiliares periciais em início de carreira terão remuneração bruta de R$ 6 mil. Há reajustes previstos para todos os níveis das carreiras.
Atualmente, Santa Catarina ocupa o primeiro lugar no pilar Segurança Pública do ranking de competitividade entre as unidades da Federação, medido pelo Centro de Liderança Pública (CLP), com nota 100. O Estado está à frente de São Paulo e Distrito Federal e com nota bem acima da média no país, que é de 62,5.