O placar que aprovou a comissão especial que vai analisar o pedido de impeachment do governador Carlos Moisés da Silva, do PSL, da vice-governadora Daniela Reinehr (sem partido) e do secretário Jorge Eduardo Tasca aponta a dimensão da dificuldade que o atual governo terá para encerrar os quatro anos de mandato.
Foram 32 votos favoráveis, cinco contrários e uma abstenção. É o panorama da falta de articulação entre o Executivo e o Legislativo.
Líder do Governo, a deputada Paulinha, do PDT, votou contra a composição da comissão. Ela reclamou daquilo que está escrito no Regimento Interno argumentando que os integrantes deveriam ser eleitos dentro de suas bancadas ou blocos, e não indicados pelos líderes, como determina a atualmente a lei que organiza o Legislativo.
O deputado Vicente Caropreso, do PSDB, também criticou o regimento.
Coronel Mocellin, do PSL, Marcius Machado, do PL, e José Milton Scheffer, do PP, se juntaram aos outros dois. Grande surpresa a ausência na sessão, do deputado Rodrigo Minotto, do PDT, um dos mais fiéis escudeiros do Governador Moisés nos últimos tempos.
Em relação do processo de impeachment instalado na Assembleia Legislativa, Moisés sofre sucessivas derrotas. Não conseguiu colocar um governista na Comissão Formada por nove deputados e que vai analisar sua defesa, não conseguiu por ora prosseguir com a suspensão do processo via judicial e ontem teve apenas seis votos a seu favor em plenário, contando a ausência do deputado Minotto.
A parte o pedido de impecahment já instalado, Moisés também não teve um voto favorável na questão da CPI dos Respiradores. O relatório final, que implica a participação do Governador na compra de rspiradores por R$ 33 milhões pagos antecipadamente e que não foram entregues teve a unanimidade dos 9 integrantes da CPI.
Diante do cenário, percebe-se a dificuldade que Moisés terá para livrar-se do afastamento.