Apesar de estarmos na reta final de campanha, em Criciúma, a pergunta que mais os eleitores ainda fazem é sobre a situação do candidato à reeleição pelo PSDB, Clésio Salvaro. Especulações acerca da possibilidade de substituição dele tomam conta dos bastidores mas, a tese que sobressai é que ele leva a eleição até o fim.
Há alguns dias, em reunião com representantes do Sindicato de Hotéis, bares e Restaurantes, o prefeito afirmou que iria até o Tribunal de Haia para tentar reverter a situação e enfatizou que não desistiria.
Nesta linha, a hipótese mais cogitada é quanto a uma nova eleição no município. Isso, se Salvaro continuar com o registro indeferido no TSE e depois no STF. No dia 7 de outubro, após a eleição e computação dos votos, os do prefeito são considerados nulos.
Com isso, o juiz eleitoral vai decidir sobre uma nova eleição ou a diplomação do segundo mais votado. Na primeira hipótese, assume interinamente o comando do Executivo o presidente da Câmara até que a situação de Salvaro seja resolvida na justiça.Caso ele vença, assume o Executivo mas, do contrário, novo pleito com cenário totalmente diferente acontece na cidade.
O que pesa, neste contexto é o tempo que o processo vai ficar na justiça.O exemplo de Passo de Torres ilustra a situação: O prefeito eleito foi impugnado e durante os quatro anos de mandato, o município ficou nas mãos dos presidentes do legislativo que por lá são eleitos a cada ano. A Justiça chegou a marcar duas novas eleições e nenhuma delas aconteceu por conta de recursos do prefeito.
A julgar por este lado da moeda, os políticos precisam agora prestar atenção também em quem serão os próximos presidentes de Câmara.