Há uma semana, senadores Paulo Bauer, do PSDB e Luiz Henrique da Silveira, do PMDB, solicitaram ao secretário executivo do Ministério das Minas e Energia, Márcio Zimmermann,
que intervenha junto ao governo federal para reavaliar a situação da indústria carbonífera de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.
A argumentação é que o setor nestes dois estados vive momentos de profunda apreensão e temor, desde que o insumo passou a sofrer restrições de uso e acabou fora dos leilões de energia.
Coincidência ou não, ontem, no Jornal Nacional, uma reportagem sobre a geração de energia abordou a questão na cidade de Candiota, no Rio Grande do Sul, onde está a
maior usina Termelétrica do Brasil, e em Criciúma.
O secretário Zimmermann, reafirmou que o compromisso assumido em Copenhagen, na Dinamarca, será cumprido e que a medida que forem surgindo alternativas renováveis e limpas,serão fontes priorizadas.Indício de que o carvão não é prioridade.
A matéria aborda principalmente a questão da poluição gerada pelo carvão e tem também a fala do Procurador da República, Darlan Dias. "Trabalhamos para que seja o menos poluente possível dentro da lei e que haja resgate do passivo ambiental", frisou.
A questão do carvão tem gerado polêmica e influenciado também em eleições. Içara é exemplo. A candidatura de Murialdo Gastaldon, contrário à instalação da Mina 101,
está por um fio. O motivo é a declaração do vereador Ivan Westphal, o Camisa, presidente do Sindicato dos Mineiros e do mesmo partido de Gastaldon.
Em Criciúma, a reportagem de ontem provocou reações. Enquanto Romanna Remor, pré-candidata pelo PMDB destacou o trabalho de Darlan Dias, via twitter, o vice-prefeito
Márcio Búrigo disparou: "Reportagem da Globo sobre o carvão mineral, sem emissão de opinião própria não foi boa para o setor e é extremamente preocupante.É preciso lembrar que o impacto desta reportagem ruim para o setor de mineração de carvão impacta por todas cidades da região carbonífera".
Confira a reportagem do JN: http://glo.bo/KDgVDh