Em reunião na Federação das Indústrias (FIESC), a Arteris apresentou um estudo atualizado de ampliação de capacidade entre Penha (trevo de acesso ao Beto Carreiro) passando por Navegantes e Itajaí para destravar o trecho, considerado o mais crítico da rodovia. O estudo foi apresentado na semana passada à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), mas será protocolado no órgão, oficialmente, essa semana, informou o gerente técnico da Arteris regional sul, Marcos Dutra. O encontro foi realizado nesta segunda-feira, (19), em Florianópolis, e é um desdobramento de uma reunião realizada no dia 30 de maio na ANTT, em Brasília. O custo das novas obras ainda não foi calculado.
“Há necessidade de liberação da agência para esse projeto. Estamos tendo reuniões constantes com eles”, disse Dutra, observando que ainda precisa ser elaborado o projeto executivo, que leva em torno de 180 dias, e que, posteriormente, tem que ser protocolado na ANTT, que tem prazo de 90 a 120 dias para análise, além da obtenção de licenças ambientais. Então, se tudo ocorrer dentro dos prazos, as obras se iniciariam entre fevereiro e março de 2024, prevê. No evento, o engenheiro Newton Gava, autor do estudo, disse que o conjunto de intervenções dará resultado rápido e são obras para estarem prontas em dois anos.
“Para o atual momento que a rodovia vive e pela necessidade de execução de obras sem muitas restrições e com menor impacto, estudamos uma proposta de implantação de terceiras-faixas em segmentos mais críticos”, afirmou Dutra, salientando que a necessidade de ampliação de capacidade da BR-101 já vem sendo discutida há bastante tempo. O estudo de tráfego anterior foi feito em 2015-2016.
Para o trecho de Balneário Camboriú, outro ponto crítico, já há obras previstas pelo Termo de Ajustamento de Conduta (terceira faixa do km 129 até o km 135 Sul, terceira faixa do km 129 até km 138 norte e rua lateral norte desde o pronto de atendimento da Barra até o Hotel Cotoni).
Em 2017, foi protocolado na ANTT o pedido para a execução de um pacote de obras que, à época, totalizava cerca de R$ 2,7 bilhões em investimentos entre Garuva e Palhoça, para melhorar substancialmente o tráfego e a segurança da rodovia. No entanto, essa proposta não foi aprovada.
Um dos pontos que preocupam a FIESC na nova proposta, apresentada nesta segunda-feira, é com relação à implantação da ponte na marginal norte do rio Itajaí-Açu. O presidente da entidade, Mario Cezar de Aguiar, defendeu que se mantenha o que está previsto na proposta original, de 2017. “Esse alargamento da ponte não é a melhor solução para Santa Catarina. Vai melhorar o tráfego, mas inibe que as empresas se instalem nas margens do rio. Não é uma solução que contempla o estado”, alertou.
“Sabemos que nesses pontos da BR-101 enfrentamos problemas muito graves de qualidade de serviços. Precisamos de intervenções”, afirmou o senador Esperidião Amin, salientando que tem que levar em conta o tempo de contrato de concessão, que vai até 2033. “Qualquer intervenção vai representar um custo adicional tarifário. Quanto mais tempo e contrato tivermos, menor será o impacto. E quanto menos tempo, maior será esse impacto”, resumiu.
(Com informações da Assessoria/Fiesc. Foto: Filipe Scotti)