A melhoria da Infra-estrutura não somente rodoviária mas ferroviária, marítima e aérea é com certeza um dos pilares do desenvolvimento. É disso que trata a Secretaria de Portos, Aeroportos e Rodovias, criada no governo de Jorginho Mello e sob o comando do ex-prefeito de Imbituba, Beto Martins.
Na entrevista que ele concedeu ao blog, anunciou grandes novidades para o Sul, entre elas a concessão do aeroporto de Jaguaruna que deve ser concluída neste ano. O Secretário revela que será uma concessão patrocinada e que as obras estimadas para o aeroporto tem custo de R$ 60 milhões. O processo de licitação poderá ser através da Bolsa de Valores . O secretário também enfatiza que para ele o aeroporto regional sul é o de Jaguaruna e é claro ao afirmar que vê dificuldades para o retorno dos voos comerciais em Forquilhinha.
CONFIRA A SEGUNDA PARTE DA ENTREVISTA:
Nesta semana no balanço que o Governador fez sobre os 200 dias de governo ele citou os 21 aeroportos regionais que temos em Santa Catarina e disse que isso está entre as prioridades. De que forma o sr está conduzindo essa questão? E qual projeto para esses aeroportos regionais?
São 21 aeroportos públicos dos quais você tem quatro privatizados: Florianópolis e Navegantes, Florianópolis com a Zurich melhor aeroporto do Brasil escolhido pelos usuários, Navegante a CCR que começa agora a fazendo ainda nesta ano fortíssimos investimentos de melhoria em Terminal de Passageiro e em todo o atendimento. Temos também Joinville privatizado e Chapecó. Os quatro maiores do estado. Depois temos três administrados pelo estado que são: Jaguaruna, Correia Pinto, dois aeroportos com aviação comercial e Forquilhinha que também continua com o estado mas que também ano que vem já está acordado com a prefeitura, vamos subdelegar para o município.
Como é esse acordo em Forquilhinha. A intenção é buscar a volta dos voos comerciais? O estado auxilia nisso ou entrega e a prefeitura que vai buscar se assim entender melhor?
Nós vamos entregar para o município. Nós sinceramente não acreditamos que num curto prazo possa se falar em voo comercial em Forquilhinha porque o aeroporto ficou muito tempo fechado e as exigências de segurança, de estrutura para o aeroporto poder funcionar com aviação comercial são diferentes de funcionar com aviação executiva. Então nesse primeiro momento a curto prazo não enxergamos este cenário. Porém, você disse uma coisa que fique claro: Ao passar o aeroporto para o município compete ao município dali para frente decidir a política daquele aeroporto. Para nós o aeroporto regional sul é Jaguaruna, o Humberto Bortoluzzi.
O prefeito de Forquilhinha afirma que precisa de um prazo de um ano para poder fazer ajustes necessários e assumir o aeroporto. O governo vai conceder esse tempo?
Até o fim do ano, o governo do estado não pode sair de qualquer maneira porque nós estamos a frente das obras. Depois de finalizadas as obras, não é chamar o avião e descer. Tem que chamar a Infraero, tem que chamar a Anac para fazer a homologação novamente de funcionamento do aeroporto. Isso leva também um tempo. Precisa de testes de macrotextura na pista para avaliar a segurança, testes de sinalização.. isso leva um tempo. Então até o final do ano somos obrigados a ficar porque estamos a frente da obra e da gestão atualmente. Depois eu disse sim ao prefeito, autorizado pelo governador, que se for necessário a gente segura mais seis meses. Esse é o tempo que estamos dando para que o prefeito assuma em definitivo a gestão do aeroporto até porque não faz sentido o estado administrar aeroportos que só têm aviação executiva. Este é o único inclusive. Todos os outros estão sob administração dos municípios.
Jaguaruna. O sr afirmou anteriormente que Jaguaruna é o aeroporto regional sul. Quais os planos para esse aeroporto?
Eu afirmo isso não por um sentimento pessoal mas porque converso com representantes de Associações Comerciais e industriais de todas as microrregiões do sul, Criciúma, Araranguá , Tubarão.. e foi decidido que o aeroporto regional é Jaguaruna. Jaguaruna vai ser a grande novidade. Nós estamos avançando a passos muitos largos para fazer a primeira PPI, a primeira concessão do Governo do Estado depois de uma década. Eu desconheço na última década que Santa Catarina tenha feito uma Parceria Público Privada ou concessão de algum de seus ativos com sucesso. Não teve. O aeroporto de Jaguaruna vai ser o primeiro. Nós trabalhamos desde o primeiro dia que entramos aqui em cima desse processo que já existia, já existia esse encaminhamento. O encaminhamento é difícil. Ele passa por consultoria, análise de investimento e análise se ele tem viabilidade econômica. Tanto que esse nosso processo se mostrou inviável economicamente. O governo de Santa Catarina para poder fazer a concessão do aeroporto ele vai ter que fazer uma concessão patrocinada ou seja, nós vamos ter que garantir recursos para que alguém assuma a gestão do aeroporto. Porque assumir a gestão do aeroporto com compromisso de investir R$ 60 milhões que é o investimento previsto para lá. Qual o investimento que está previsto? Um novo terminal de passageiros, uma ampliação do terminal, fazer um terminal mais adequado aos usuários e o alargamento da pista de 30 para 45 metros, podendo receber A321, podendo receber avião cargueiro. Porque o comprimento da pista é excelente. É o melhor de Santa Catarina e um dos três melhores do Sul do Brasil, 2,5 mil metros. Então as obras estão estimadas em R$ 60 milhões. O governo vai entregar para concessão e aí, parte desse valor terá que ser patrocinada pelo governo, e parte será paga, não posso dar espoliar de números, mas parte será paga pelo governo, compromisso do governo com obras e outra parte será paga pela empresa que vencer e essa empresa ganha o direito de exploração por 30 anos.
Em que fase está esse processo? Tem uma expectativa de quando se consolida?
Esses encaminhamentos são o último estágio. Tivemos autorização da Anac já para fazer a concessão, que nós dependemos da autorização deles, mas como nós fizemos algumas mudanças no processo, a gente reencaminhou para a Anac para eles darem o ok disso. E também falta uma etapa que é a do governador que obviamente tem que ser o último a ser ouvido mas tenho de maneira muito otimista uma certeza que o governador vai querer porque ele fala muito de Jaguaruna e fala com muito carinho. Então ele quer que tenha um destino certo para Jaguaruna e caminha a passos largos para isso. Vou te dar prazo: este ano ainda a gente conclui esse processo. Aí depois o processo de concessão em si ele caminha para um processo de licitação que provavelmente poderá ser até na Bolsa de Valores de São Paulo. Então o que nós estamos trabalhando para fazer com Jaguaruna, vamos dizer assim, de uma maneira um pouco na brincadeira: Vai ser chique demais. Porque queremos fazer uma concessão e estamos consultando aí para ser na Bolsa de Valores. Está caminhando a passos largos, isso tem uma parceria muito forte da Secretaria de Portos e Aeroportos mas também da Secretaria da Fazenda que a PPI é na Secretaria da Fazenda e também tem uma participação muito grande da Casa Civil porque o Soratto obviamente tem isso como um de seus principais pilares dentro do governo, ele defende isso há muito tempo.
Posso dizer que essa é a marca que o sr vai deixar na Secretaria?
A Marca que quero deixar na secretaria para o Sul já está definida e está andando mais rápido do que eu esperava. Obra de forquilhinha. Não foi simples. Pegamos uma obra parada há mais de um ano por uma empreiteira que abandonou a obra e ninguém fez nada. Tivemos que chamar a segunda empresa ela disse que também não fazia porque o valor era baixo. Quem aceitou foi a Setep e tenho certeza que a Setep aceitou fazer essa obra no prejuízo porque deve ter levado em consideração todo o universo empresarial de Criciúma que se beneficia disso. E que bom que foi a Setep porque nós sabemos que é uma empresa que tem enfim um portfólio de obras de excelente qualidade. Obra ta feita, vamos entregar 17 milhões de reais. Num governo que assumiu cheio de problemas com recursos como nós sabemos. Depois Jaguaruna tiramos do forno. Estava dentro do forno mas o forno desligado. Nós ligamos o forno, tiramos o bolo do forno e ele já está quase pronto para servir. Porto de Imbituba 150 milhões de reais em caixa para fazer obra e a obra não sai, não acontece, todo dia criava um problema. Desculpa, faltava concretamente conhecimento da área. Faltava vontade política de fazer. Tanto que equipe técnica qualificada, com boa vontade, nós destravamos tudo. Tem 110 milhões indo investidos no berço 3 que vai aumentar o berço de 199 para 270 metros e vai aumentar o calado de 11,5 para 13,5. Isso significa receber navios maiores num berço que era limitado a navios pequenos. Berço um e dois: vamos estender em 30 metros o berço dois e vamos ganhar 20 metros no berço um que estão hoje sem utilizar porque tem uma pedra onde o navio não pode encostar. Vamos tirar a pedra. E as modificações vão permitir a atracação não de dois mas de três navios. Então Imbituba ter daqui a dois anos, com essas obras prontas vai ter quatro berços de atracação e não mais três.. Isso vai aumentar produtividade, eficiência, qualidade.
E as Ferrovias que também estão na sua pasta?
Também estamos vendo a questão da Ferrovia. Chamamos reunião com representantes do Terminal de Criciúma, o TIS e vamos ter uma grande reunião em Criciúma, que está sendo marcada com toda a classe importadora e exportadora do Sul de Santa Catarina para anunciar que um: Melhorias na ferrovia . Porque a Ferrovia está há três anos pedindo para o porto de Imbituba. É que o trem chega até a entrada do porto. Quando chega ali tem que descer o contêiner do trem, colocar em um caminhão e levar de caminhão até o terminal e descarregar o contêiner. Porque a malha ferroviária não chega ao terminal da Santos Brasil. Para na entrada do Porto. Em Criciúma nós vamos anunciar que isso já está autorizado e vamos anunciar uma linha de internacional porque a única linha que tem em Imbituba é cabotagem. E outra coisa, a companhia de cabotagem que está em Imbituba é a Aliança que é parte de uma holding de outras companhias internacionais e a Aliança vai a Criciúma também para anunciar que estes navios de cabotagem podem pegar do contêiner do exportador de Criciúma e região e levar até Santos. Então: Ferrovia mais eficiência, aeroporto de Jaguaruna vai sair a concessão , Criciúma aeroporto fechado há dois anos será reaberto e Imbituba R$ 150 milhões em obras acontecendo. Eu acho que tudo isso quando finalizado terá sido um legado deixado para o Sul não elo Beto Martins, que seria um absurdo eu dizer isso. É pelo Governador Jorginho Mello e pelo governo que ele instalou. Se o Jorginho não cria a secretaria não existiria a mínima possibilidade de que esses assuntos tivessem tendo o protagonismo que estão tendo. Onde é que ficava? Uma gerência na Secretaria de Infra-estrutura. Qual foi o dia que você foi entrevistar o Secretário de Infraestrutura do Estado, que não foi para falar de rodovia e buraco? Um estado que tem cinco Portos. É o único do Brasil. Tem cinco Portos.