Logo após a eleição do presidente Lula em 2022, o ex-presidente nacional do PT, José Genoino, concedeu entrevista ao canal “DCM” e falou sobre a direita. Disse ser a primeira vez que a esquerda enfrentaria uma direita com base social de massa. Esse foi o reflexo dos quatro anos de governo de Jair Bolsonaro: ressuscitar o que estava “preso aos porões”. O próprio Genoino concordou.
Esfacelado pela perda da eleição, o ex-presidente e seu partido, o PL, enfrentam momento de desafios e buscam manter sua base . O plano parece passar pelo PL Mulher, que tem como estrela a esposa do ex-presidente, Michelle Bolsonaro, que comanda o PL Mulher Nacional.
Michelle esteve em Florianópolis no fim de semana onde reuniu número considerável de mulheres para um evento destinado ao setor partidário feminino o que sabemos, não é um atrativo por si só, para estouro de público. Com discurso que carece de ajustes, Michelle é amparada pela simpatia e beleza mas ainda não convence multidões.
O ex-presidente Jair Bolsonaro fez participação relâmpago no evento, ao discursar por oito minutos e ganhou as manchetes em todo o Brasil por agradecer aos R$ 17 milhões arrecadados através do PIX, criado em seu governo.
Depois disso, deslocou-se para agenda com o Governador Jorginho Mello (PL), que incluiu a cidade de Ituporanga, onde acontecia a Festa do Agricultor e Motorista. O suficiente para registros com multidões em vídeos e fotos, que lembraram o tempo de campanha. Registros de vídeos e fotos com multidões impressionam mas é preciso mais que isso para manter as ideias que Bolsonaro, como disse Genuíno, “tirou dos porões”.
O ” bolsonarismo”, personificado em razão disso, sentiu o golpe ao ser derrotado nas urnas, em frente aos quartéis e detido em Brasília no 8 de janeiro.
A presença do presidente Jair Bolsonaro em Santa Catarina neste fim de semana demonstra através de seus reflexos, que a direita pode continuar fora dos porões. Para isso, precisa mais que seguir um “mito”. Precisa de organização, discurso e união para divulgar suas ideias.