Cada um dos deputados federais deve ter quase R$ 60 milhões em emendas para 2025. É de olho nesses recursos que prefeitos eleitos, como o de Criciúma, Vagner Espíndola, o Vaguinho (PSD), batem ponto em Brasília nesta semana.
Neste caso específico Vaguinho aproveita a promessa do deputado federal Ricardo Guidi (PL), que no período eleitoral prometeu investimentos na ordem de R$ 60 milhões para o setor saúde na cidade.
Nesta quarta-feira (30), Vaguinho deixou dois ofícios no gabinete de Guidi solicitando os recursos para Criciúma. São dois documentos, um endereçado do deputado titular, Ricardo Guidi e outro ao suplente Darci de Matos, que está na cadeira.
Durante a campanha, Guidi falou muito em mudanças na saúde e citava seu vice, o ex-secretário Acélio Casagrande como exemplo de quem entendia do assunto e resolveria os problemas do setor. Mesmo que não tenha sido eleito, o repasse de recursos para a cidade será uma demonstração de que não se tratava apenas de promessa eleitoreira.
Os eleitos para o executivo de Criciúma a partir de 2025 também estiveram no gabinete da deputada Júlia Zanatta (PL). Por lá receberam a garantia de colaboração dela com emendas para a saúde da cidade. O valor total ainda não está confirmado mas R$ 2 milhões foram garantidos pela deputada.
A romaria nos gabinetes é constante na vida de prefeitos, que buscam recursos para seus municípios. Somente os deputados federais já têm garantidos R$ 37 milhões de emendas individuais, do orçamento impositivo e a previsão é que o orçamento de bancada, que para 2024 foi de R$ 18 milhões, fique em cerca de R$ 20 milhões para cada deputado em 2025.
Mais que isso, os deputados mais alinhados ao governo recebem recursos “extra orçamentários”. Na Assembleia Legislativa de Santa Catarina a previsão é que os deputados tenham R$ 15 milhões cada um, em emendas impositivas.
Erra quem não enxerga o quanto é importante para uma cidade ter um gestor que enrola as bandeiras após o período eleitoral e se empenha em buscar para melhorias nos municípios.
Nesse cenário, os próprios deputados, independente de partido, também devem prestar contas e contribuir para tais melhorias em sua base.