Salvaro descarta união do PL e PSD em 2026 e aponta motivo: "Traição" - Karina Manarin

Salvaro descarta união do PL e PSD em 2026 e aponta motivo: “Traição”

O ex-prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro (PSD), saiu do mandato mas está longe de sair do cenário político. Ele passa as manhãs na empresa da família mas dedica  suas tardes ao atendimento de lideranças e planejamento para as eleições do próximo ano. 

No próximo dia 5 de maio, Salvaro reestreia em quatro rádios da região sul com o Programa “Manhã News”, com programa voltado a esclarecimentos à população em áreas como direito e medicina.

O Programa será entre 10 e 11 horas da manhã em Rádios de Laguna, Tubarão, Criciúma e Araranguá. Antes de ser prefeito de Criciúma, ele tinha o Programa ” Alô Salvaro”.

Ex-prefeito Clésio Salvaro voltará a ter programa no Rádio

Em entrevista exclusiva ao blog, Salvaro respondeu com todas as letras a pergunta que mais se faz no cenário político atualmente. Trata-se da possibilidade de o PSD, estar com o PL em 2026. Para ele, o jargão “em política tudo é possível”, não cabe nesse caso.

 “ Essa tese que o PSD vai estar com o Jorginho ela é totalmente descartada até porque quem conhece o Jorginho não confia nele”, cravou o ex-prefeito ao ser questionado sobre o assunto, acusando Jorginho inclusive de atitudes “não republicanas durante a campanha eleitoral de 2024 em Criciúma. 

“ Tudo aquilo que poderia ser feito que não fosse republicano ele fez para vencer as eleições . E ao perder as eleições em Criciúma, ele perdeu outras duas eleições. Ele perdeu a eleição da Assembleia Legislativa, que ele não queria o Júlio e ele perdeu a eleição do ano que vem. Em 2026, ele não será reeleito governador dos catarinenses”, analisou. 

Na entrevista, Salvaro também adiantou que estará nas eleições de 2026, não descartou compor em chapa majoritária e citou João Rodrigues como opção para os eleitores de direita em Santa Catarina.

“ O eleitor da direita terá outra opção, não somente o Jorginho. Terá uma opção que é real, que é verdadeira e é natural. É da natureza do João estar na direita. O Jorginho ele é circunstancial”, disse em outro trecho da entrevista citando a participação de Jorginho Mello no governo de Dilma Roussef (PT).

Veja a entrevista na íntegra: 

Relação com o prefeito Vaguinho 

Primeiro que tudo o que falei do Vaguinho na campanha é verdadeiro. E também e verdadeiro tudo o que o Vaguinho falou a meu respeito. Agora, ele é o prefeito da cidade. Ele tem que governar a cidade. A relação continua sendo essa. O Vaguinho eu conheci em Siderópolis. Primeiro ele foi assessor do meu irmão quando meu irmão era presidente da Câmara de Vereadores de Siderópolis . Depois ele passou a ser meu assessor como deputado e depois como prefeito. Então ele conhece bem meu estilo de governo e está aí para dar continuidade ao governo. Fazer algumas correções que tem que ser feitas e administrar.

Que tipo de correções?

Não, quando necessário. Não quer dizer que tudo o que eu fiz estava certo e nem tudo o que eu iniciei estava certo. Algumas devidas correções elas são necessárias fazer. Isso é do curso do caminho, é normal isso tudo. Agora passaram as eleições. O Vaguinho tem que governar para todos, não é mais candidato de um partido, ele é o prefeito da cidade e o titular dos problemas que tem no município e portanto ele tem que buscar soluções. Essas soluções podem ser buscadas em Brasília, podem ser buscadas em Florianópolis, aonde for de competência, seja do Governo Federal ou do estadual. Então a relação ela continua boa, próxima, conversamos como necessário mas ele é o prefeito. Ele tem que responder agora a confiança depositada pelo eleitor. 

Cenário político: a pergunta que mais se faz hoje é: PL e PSD estarão juntos em 2026? No ano passado quando o entrevistei como prefeito, o sr disse que nesse ano estaríamos falando em eleição do ano que vem”. A eleição já está mais próxima. Como o sr vê esse cenário? 

Primeiro que não foi republicano aquilo que o governador do estado fez na cidade de Criciúma com relação as eleições. Foi algo muito fora. De todas as eleições que disputei e de todos os municípios onde existiu eleição, nenhuma foi tão agressiva sob todos os aspectos: político, eleitoral, republicanos e não republicanos. Então, ele não foi nada republicano.

Em que sentido o governador não foi republicano?

Em tudo. Tudo aquilo que não é republicano, é não republicano. Tudo aquilo que poderia ser feito que não fosse republicano ele fez para vencer as eleições . E ao perder as eleições em Criciúma, ele perdeu outras duas eleições. Ele perdeu a eleição da Assembleia Legislativa, que ele não queria o Júlio e ele perdeu a eleição do ano que vem. Em 2026, ele não será reeleito governador dos catarinenses. Ele vai perder as eleições. E vai perder para o PSD de João Rodrigues.

O sr participa da eleição do ano que vem?

Eu vou estar na eleição do ano que vem.

Como candidato?

Eu estarei na campanha. Como candidato ou coordenando a campanha. Essa tese que o PSD vai estar com o Jorginho ela e totalmente descartada até porque quem conhece o Jorginho não confia nele. O Jorginho engana até o Papai Noel. E eu digo isso porque ele prometeu recursos para o Natal de Criciúma e não mandou. E quando eu digo não republicano, o Natal aqui foi um ato não republicano . Prometeu e não cumpriu, por isso eu digo que ele engana até o papai Noel. O não será candidato a governador , não será candidato ao senado na chapa do Jorginho. Ele é uma opção para o eleitor da direita votar . O eleitor da direita terá outra opção, não somente o Jorginho. Terá uma opção que é real, que é verdadeira e é natural. É da natureza do João estar na direita. O Jorginho ele é circunstancial. Ele pode estar na esquerda como na direita. Depende aquilo que é melhor para ele. O João sempre manteve uma retidão no processo. 

O sr diria oportunista?

Eu diria circunstancial. Porque se você pegar o mandato dele, ele votou sistematicamente, quando a Dilma era Presidente da República, ele votou sistematicamente favorável a todos os projetos da presidente Dilma, inclusive com participação no governo, inclusive participando da campanha de reeleição da Dilma. O João não. O João estava em outro palanque. Por isso que o João é a grande opção que a direita vai ter nessas eleições. E ainda que houvesse uma pressão muito grande para o João não ser candidato ao governo, ser candidato ao senado, o João também não aceitaria. Porque quem conhece o Jorginho não confia no Jorginho . Lembro na eleição de 2018 quando o eleitor compareceu as urnas para votar para presidente da República, para governador , para eleger deputado estadual e federal e votar duas vezes para senador? Naquela eleição havia uma combinação, estavam na mesma disputa o que era o primeiro voto para um e o segundo para outro: Paulo Bauer e Jorginho Mello. Ele traiu o Paulo Bauer com o segundo voto. E se o João for candidato ao senado, será traído agora também. Porque é da natureza das pessoas. E o Jorginho, é dele isso. É da natureza dele enganar as pessoas. Então, o João o conhece, nós o conhecemos. O João será a verdadeira opção de direita para o eleitor catarinense votar. Por isso o João é o nosso candidato.

Há informações também sobre uma chapa pura: o sr como vice do João Rodrigues, isso seria possível?

Olha eu vou estar na campanha do ano que vem. Se o meu nome for o nome que melhor some do ponto de vista eleitoral ou regional para vencer as eleições, meu nome está à disposição. Eu estou pronto e estou preparado. Pronto e preparado para o combate. 

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