Justiça compara Gean Loureiro a Bill Clinton e mantém propaganda eleitoral - Karina Manarin

Justiça compara Gean Loureiro a Bill Clinton e mantém propaganda eleitoral

O ex-prefeito de Florianópolis e atual candidato ao Governo de Santa Catarina, Gean Loureiro, União Brasil, perdeu ação na Justiça Eleitoral na qual tentava conter informações sobre episódios enquanto comandava a Capital do Estado. A propaganda, de autoria da coligação encabeçada pelo Governador Carlos Moisés da Silva, do Republicanos, havia sido suspensa através de liminar, mas acabou liberada pela justiça.

A defesa de Gean Loureiro alegou que as informações estavam fora de contexto, ultrapassavam os limites da propaganda eleitoral além de , pelo menos em parte, dizer respeito a intimidade dos envolvidos. Na decisão, o juiz auxiliar do TRE, Sebastião Ogê Muniz,  comparou Gean Loureiro a Bill Clinton.

 

O ex-presidente americano respondeu a um processo de impeachment por manter relações sexuais com uma estagiária chamada Monica Lewinski, no interior da Casa Branca. Clinton se livrou do impeachment. Mas teve de encarar um julgamento público, sem se esconder.

A justiça referiu-se ao episódio em que o prefeito  foi fotografado tendo relações sexuais, dentro da Prefeitura, com uma servidora e que foi amplamente divulgado, acabou em investigação por improbidade administrativa e foi arquivado.

“Vale referir que, nos Estados Unidos da América, em que o direito à intimidade é igualmente assegurado, o ex-presidente Bill Clinton respondeu a um processo de impeachment em razão de um relacionamento afetivo que manteve com uma estagiária da Casa Branca, nas dependências desta última. Se o direito de cada um dos personagens envolvidos à preservação de sua intimidade prevalecesse sobre a relevância política do ocorrido, o processo de impeachment não poderia ter sido aberto”, anotou o juiz.

Além do escândalo sexual, a propaganda eleitoral  também  lembra de sua prisão pela Polícia Federal e uma viagem que fez a Cancún, enquanto era Prefeito, no auge da pandemia.

O juiz eleitoral manteve a decisão anterior, que havia negado a suspensão da exibição da propaganda. Ao analisar mais um recurso de Loureiro, o magistrado sugeriu que o candidato use o próprio espaço nos horários eleitorais gratuitos para contrapor as informações.

A menos de 15 dias para o primeiro turno das eleições, o clime incendeia em Santa Catarina.

 

 

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