A suspensão do Transporte gratuito de estudantes de Urussanga para a Universidade em Tubarão tomou conta da pauta na Câmara da Cidade nesta terça-feira, ocasionando troca de farpas e até canção do escoteiro. Luan Varnier, do MDB, bateu na tecla alegando ter sido promessa do atual prefeito e criticou o vereador José Carlos José, o Zé Bis (PP), que defendeu o chefe do Executivo.
Em meio a discussão, teve também denúncia de uma contratação na Secretaria de Educação com salário de R$ 5 mil. A funcionária comissionada contratada em fevereiro , acusou o vereador, é ré em processo respondendo por prevaricação, concessão de autorização em desacordo com normas ambientais, participação em organização criminosa, sonegação de documentos, falsidade ideológica e desvio de verba pública.
“Se ele tivesse cumprido o que prometeu em campanha, não estaríamos aqui discutindo isso. A secretária de Educação, a debochada, diz que é muito caro pagar transporte porque tem que pagar hora extra e diária para motorista. Mas, na hora de aceitar a investigada pelo Ministério Público Federal, ganhando R$ 5 mil, ela aceitou”, disse Luan Varnier.
O vereador José Carlos José, o Zé Bis (PP), lembrou que foi o prefeito Gustavo Cancellier quem implantou o transporte gratuito para universitários de Urussanga. “Quando o prefeito Gustavo assumiu, em 2017, eu, o Casagrande e o Bonetinho conversamos com ele a respeito da passagem de ônibus. Ele começou a atender o nosso pedido um ano e meio depois, porque ficou esse tempo pagando contas que o prefeito anterior deixou. Em dois anos e meio, ele fez tudo isso e isentou todos os acadêmicos de pagar a passagem para as faculdades. O único prefeito que fez isso”, defendeu.
Zé Bis justificou a decisão do município de não fornecer mais o transporte para Tubarão, atribuindo à necessidade de haver a demanda de ao menos 15 estudantes, quando há apenas nove, e não todos os dias da semana. “Não é porque nós não queremos. É porque a lei não permite”, afirmou.
Luan Varnier (MDB) rebateu alegando não se tratar de uma lei, mas de um decreto. “Não sabe, não sabe, vai ter que aprender”, cantou durante a sessão.