A primeira decisão do PSDB e do PP de Criciúma depois da sentença do juiz Rogério Mariano do Nascimento não foi jurídica. Foi política.
Os líderes dos partidos trataram de afinar o discurso evitando a fragilização da candidatura do prefeito Clésio Salvaro pela decisão de indeferimento do registro publicada no sábado.
O próprio advogado Giovanni Dagostim, que trata da defesa , percorreu redações dos jornais não somente como assessoria jurídica mas como secretário municipal do PSDB e tratou de afirmar que não existe plano B e que este assunto está encerrado. “O Clésio é candidato e vai disputar”.
A frase de Dagostim foi repetida ontem pelo vice-prefeito Márcio Búrigo, do PP, pelo deputado Dóia Guglielmi, do PSDB e pelo presidente do PSDB de Criciúma, Márcio Zacaron. A estratégia seria comum a qualquer político favorito no cenário eleitoral e que deparasse com o empecilho.
Há neste cenário no entanto, um agravante: o fato de o candidato a vice-prefeito, Márcio Búrigo, do PP, não ter sido envolvido diretamente no processo como a carta na manga em caso de necessidade de substituição.
Falar no assunto neste momento é melindrar não somente a campanha, que será colocada imediatamente na rua mas a própria coligação afinal, são 14 partidos e já existe sentimento sobre necessidade de rediscussão em caso de o candidato não ser Clésio Salvaro.