Apesar de o PSD ter surgido no cenário nacional com o intuito de ser aliado da presidente Dilma Roussef,do PT, em Santa Catarina os rumos do partido se diferenciaram, principalmente porque, a sigla teve a condução inicial de Jorge Bornhausen e de seu filho, o deputado federal Paulo Bornhausen.
Jorge não chegou a se filiar mas foi o principal conselheiro da cúpula, formada pelo Governador Raimundo Colombo, o então presidente da Assembleia, Gelson Merísio, o então presidente da Celesc, Antonio Gavazzoni e o próprio Paulo Bornhausen.
Junte-se ao grupo dos que tem força política no PSD, o deputado federal João Rodrigues, que exerce o cargo de Secretário Estadual de Agricultura e busca sua reeleição.
Neste contexto, o governador Raimundo Colombo capitulou. Manifestou seu apoio para a reeleição da presidente petista e chegou a declarar que “nunca imaginou na vida que ia votar no PT”. Talvez não pudesse ser diferente já que o Estado recebeu R$ 9 bilhões.
Não é o caso no entanto, dos Bornhausen, que preparam sua migração para o PSB, confirmada com a conversa em Santa Catarina com o governador Eduardo Campos. O cenário possibilita então questionamentos acerca dos líderes do PSD que realmente farão campanha por Dilma Roussef, e os que ficam, ainda que veladamente em outro campo de atuação.
O próprio João Rodrigues não tem petistas como aliados em sua base eleitoral, Chapecó. Com isso, pode-se imaginar que o apoio do PSD à reeleição de Dilma não seria completo.
Se o raciocínio dos petistas partir deste princípio, o PT deve de fato ter candidato ao Governo. Numa possível aliança com o PMDB.