A imagem de Bolsonaro como o " único que pode combater a esquerda" - Karina Manarin

A imagem de Bolsonaro como o ” único que pode combater a esquerda”

A carreata organizada durante o fim de semana em Criciúma por simpatizantes do candidato à presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro, foi um termômetro sobre o momento que vive a cidade, com reflexos na região e no país, da força que o candidato atinge, mesmo sem poder sair às ruas em razão do atentado que sofreu.

Mesmo esfaqueado, Bolsonaro não conseguiu alcançar o status de “vítima” no mesmo patamar que a esquerda o colocaria, mas ele representa o sentimento de que é o único com condições de combater possível retorno do PT ao poder.

Por isso, muitos eleitores que em outra situação não escolheriam Bolsonaro acabam por declarar voto ao presidenciável alegando que “não são Bolsonaro” mas que “estão Bolsonaro”.

É justamente esse sentimento que o candidato à presidência pelo PSDB, Geraldo Alckmin tenta combater em seus programas eleitorais quando se coloca “contra Bolsonaro” e “contra Haddad”.

 O discurso de Alckmin aliás tem sido repetido no estado por aliados seus, como o deputado federal Marco Tebaldi, candidatro à reeleição pelo PSDB.

Durante visitas a municípios catarinenses no fim de semana, Tebaldi citou a possibilidade de “Venezuelização” do Brasil.

“Há duas semanas de escolhermos o futuro do Brasil, corremos o risco de colocar o país em estado de desordem ou afundarmos a nação em uma ditadura novamente, seja pela falta de diálogo, seja pela ditadura do populismo esquerdista. Chegamos ao extremismo que pode levar o Brasil  uma “venezuelização”.  

Pelo menos por ora, o sentimento dominante no entanto é de evitar a “Venezuelização” e com Alckmin ainda apresentando números tímidos na pesquisa, a alternativa seria Bolsonaro.

A aposta dos adversários de Bolsonaro é reverter no Nordeste a possível onda que toma conta do país. Sinal disso foi o discurso de Ciro Gomes, do PDT, no fim de semana alegando preocupação com o “discurso nazista que vem do Sul”. 

A menos de duas semanas do pleito eleitoral, o país vive momento atípico, com um candidato não tradicional no meio eleitoral para presidente, hospitalizado e que domina as pesquisas.

(Video/Divulgação/Internet)

 

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