Ouvi de mais de uma liderança de peso de nossa região, que a instalação da Praça de Pedágio na região Sul com o edital que está posto é fato consumado. Mais que isso, ouvi também que o próprio Ministro dos Transportes, Tarcísio Gomes de Freitas desenganou lideranças ao afirmar que aceitam o edital ou a BR 101 estará abandonada no sul.
Ora eu não ouvi isso diretamente do ministro mas as lideranças tem a credibilidade suficiente para me transmitirem a informação. Diante desse quadro, questiono que mudanças um governo eleito para transformar traz, ao manter um edital com dados de 2015, com tarifa acima de R$ 5,00 e quatro praças com distância de cerca de 50 quilômetros cada uma, sem titubear?
Por que o Sul tem que engolir com farinha tal determinação, sem sequer ter a segurança de que as obras serão realmente concluídas?
Sim, porque repito, o contrato firmado em 14 de fevereiro de 2008 pela concessionária responsável por três pedágio, no Paraná e em Santa Catarina, tem como principal obra o Anel de contorno Viário de Florianópolis. Tal obra, pelo contrato, deveria estar concluída no quinto ano de concessão, ou seja, 2012.
Mesmo assim, a obra só foi iniciada em 2014 e o prazo para conclusão já foi prorrogado cinco vezes sendo a atual previsão para 2022.
O contrato que o ministro quer que o povo da região que mais votou no presidente Jair Bolsonaro engula, está elaborado nos mesmos moldes. Ontem, a FECAm anunciou que já entrou com pedido no Tribunal de Contas da União, para que o Edital, cujas propostas devem ser abertas no dia 17 de fevereiro, seja suspenso. Também serão encaminhadas ações ao Ministério Público Estadual e Federal.
O quadro indica que não há contrários ao pedágio mas contestadores do modo como isso está imposto à população do Sul. E com ameaça de abandono ao Estado que, pelos números, poderia tere eleito Bolsonaro no primeiro turno.