A semana termina com apostas de que o PT de Fernando Haddad pode passar ao segundo turno eleitoral com Jair Bolsonaro, do PSL. Numa eleição imprevisível como a que estamos vivendo, de fato, nada pode ser descartado, mas a conclusão que se chega é que Lula, mesmo preso, comprova sua habilidade de exímio articulador político, superando os que soltos não conseguem planejar a ascensão ao poder.
O discurso da esquerda é organizado, afinado, todos “rezam” a mesma cartilha e conseguem passar a imagem de vítima em qualquer situação. Enquanto o tucano Geraldo Alckmin não decola e Jair Bolsonaro não pode sair às ruas em campanha após ter sofrido um atentado, o pedetista Ciro Gomes disputa com Fernado Haddad a possibilidade de estar no segundo turno.
Com a imagem de Lula a tiracolo e lembranças de um Brasil que foi descoberto por ele, a propaganda política de Haddad convence e o coloca em um cenário que pode trazer inclusive o próprio Lula de volta a um eventual Governo.
Talvez pelas mãos do agora presidente do STF, Dias Toffoli. A possibilidade de a esquerda, que governou por 14 anos o país , retornar ao poder dois anos depois da cassação de Dilma Roussef, é real.
Por pura competência de uma ideologia que implantada, soube como trabalhar suas ramificações para se estabelecer por muito mais tempo do que se imagina. Ou incompetência dos outros.