Ao propor “Pactos em favor do Brasil” unindo os governos Federal, Estadual e Municipal, a presidente Dilma Rousseff divide o ônus de pontos cruciais para qualquer administração e que tem em todas as campanhas promessas de melhorias.
O crucial em toda essa questão está também na revisão do Pacto Federativo. A concentração dos recursos provenientes de impostos nas mãos do Governo Federal faz os outros reféns das vontades também políticas de quem governa o país.
Além disso, tem provocado a quase falência dos municípios e do próprio Estado, com poder de investimento reduzido. Não há dúvidas quanto a necessidade de melhorias em saúde, educação e numa economia onde a carga tributária engole o cidadão. É esse o clamor do povo nas ruas.
O mesmo povo que está cansado de ouvir promessas em campanhas e que não são levadas adiante em mandatos. Aí está o descrédito da classe política. A mesma classe a que pertence a presidente que nomeia 39 ministros, com mega estrutura que pesa no bolso do cidadão.
Os mesmos ministros com cartão corporativo , viagens de primeira classe e hotéis luxuosos. Os mesmos cidadãos que enfrentam ônibus lotados e metrôs sem condições dignas para o transporte até seus trabalhos e que também não possuem o mínimo de segurança.
O clamor do povo contra a classe política é por mudanças. Mudanças que os próprios políticos precisam fazer. A preocupação da presidente pode ser sim com o bem estar do brasileiro mas não há dúvidas do peso eleitoral neste cenário.
O povo nas ruas prolifera o sentimento de insatisfação. E que pode refletir diretamente nas urnas em 2014. É principalmente contra isso que o Governo Federal trabalha.