O que o líder da bancada do MDB na Assembleia, Luiz Fernando Cardoso chama de “relação de confiança” com o Governo de Carlos Moisés, do PSL, é na verdade a comprovação de que aos poucos, as melancias se acomodam no caminhão do governo do Estado e com a contribuição de um dos partidos mais criticados nas últimas eleições.
O MDB havia anunciado posição de independência e logo após sua eleição, diante de informações sobre a possibilidade de “cooperação”, o governador da nova política e emissários trabalhavam certa distância da hipótese. Bastaram três conversas para aproximação que pelo menos por ora não prevê ocupação de cargos mas deve ser o próximo passo.
O que há de concreto neste cenário é que o Governador inexperiente e que declarava não gostar de política e que priorizaria quase exclusivamente o “ técnico”, reavaliou a “velha política” tão condenada por ele mesmo e seus correligionários do PSL.
Moisés aos poucos demonstra que está gostando da articulação e de fato, como antecipado por esta coluna na última semana, pensa em reeleição. Descobriu que não há nem “nova”, nem “velha” mas somente “política”, a qual ele mesmo adere.
Apesar de a conversa do Governo com o MDB ser mais contundente, principalmente pelo argumento da “ajuda” recebida no segundo turno contra Gelson Merísio, elas não estão restritas ao partido.
O governador Moisés quer ampliar sua base na Assembleia e demonstra isso com a sintonia com pedetistas como Rodrigo Minotto e Paulinha e o próprio PP, representado no Sul por José Milton Scheffer. Há informações também de conversa com representantes do PSDB e de evangélicos.