A torre de Babel no Governo de Jair Bolsonaro - Karina Manarin
A torre de Babel no Governo de Jair Bolsonaro

A torre de Babel no Governo de Jair Bolsonaro

Como jornalista acompanho as duras críticas feitas principalmente pelos defensores do presidente Jair Bolsonaro à imprensa com muita tristeza. O motivo é a generalização de uma classe que representa a democracia quando tem liberdade de questionar situações que nem sempre são favoráveis a quem está no poder.

Os últimos dias têm sido ainda mais complicados com o caso envolvendo o senador eleito Flávio Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro. Concordo que excessos de certos setores da imprensa que deixam de lado importantes questões como a econômica ou reformas, e focam somente nas acusações contra Flávio. Soa sim como revanche, tentativa de terceiro turno ou não conformismo com o resultado das urnas (para não citar mais alguns motivos).

Durante o período eleitoral todas as tentativas de desgastar a imagem de Jair Bolsonaro a partir de suas próprias declarações, nada simpáticas na maiorira das vezes mas que representou extamente a realidade, foram feitas e nada surtiu efeito.

Jair Bolsonaro em nada modificou suas ideias desde a campanha até sua posse. Quem escolheu apertar a tecla “17” na eleição, votou em uma imagem que condiz com a realidade, em alguém que fala e age de maneira sintonizada. Bolsonaro não enganou ninguém com palavras bonitas, números fora da realidade e discurso fácil ou promessas que não poderia cumprir. E seguiu na mesma linha inclusive no discurso em Davos nesta semana.

Também pode-se concluir que os tiros são disparados contra Flávio porque nada se encontrou na biografia de Jair.  O presidente no entanto erra quando não valoriza a comunicação, um dos mais importantes pilares não somente de um governo mas para o desenvolvimento da humanidade.

Exemplo claro aconteceu ontem, quando ele cancelou uma entrevista coletiva em Davos, a poucos minutos de ela acontecer. Ficou evidente que Bolsonado evitou responder a perguntas sobre o filho Flávio mas, três foram os motivos apontados por assessores e ministros para justificar o cancelamento.

O governo que trouxe ao Brasil esperança de mudanças, com foco no crescimento e por um país sem corrupção precisa arrumar a casa e afinar o discurso. Por ora, a impressão que fica é que estão construindo uma torre de Babel, onde cada um fala uma língua e este cenário infelizmente contribui com a torcida contrária ao sucesso do governo.

Por mais que as redes sociais tenham feito importante papel na campanha de Bolsonaro há de se levar em consideração o direito que a imprensa tem de questionar. Estar preperado para responder é dever do governante.

Diferente de um debate eleitoral, onde ainda é candidato, o eleito está onde está a serviço do povo e por isso tem o dever de prestar contas.

Porque pronunciamentos são típicos de governos ditatoriais. E não foi isso que o brasileiro buscou quando elegeu o governo.

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