A ex-secretária de administração da prefeitura de Urussanga, Andresa Baldessar, registrou boletim de ocorrência afirmando ter sido vítima de ‘hacker” com informações inclusive pessoais sob ameaça de divulgação. Ela compareceu a delegacia da cidade acompanhada de vereadores que afirmam ter sido procurados por emissários do prefeito Luis Gustavo Cancellier, do PP.
“Eu saí da prefeitura na última terça-feira após a decisão da justiça pelo retorno do prefeito, e desliguei a minha conta do WhatsApp web do computador e tenho certeza disso. Mandaram um interlocutor falar comigo mas não disseram de que forma tinham conversas minhas. Depois abordaram um vereador e disseram que tinham acesso as conversas do meu celular. Eu entendo isso como hackeamento porque eu não permiti, nem autorizei o uso das conversas”, explicou Andresa ao blog.
Ao todo, segundo a ex-secretária, são 432 minutos de conversas que estavam no celular dela e que poderiam ter trechos expostos na cidade.
Andresa Baldessar ocupou a Secretaria de Administração da cidade no governo interino do atual vice-prefeito da cidade, Jair Nandi. Ele ficou no cargo por pouco mais de um ano em razão do afastamento do titular, Luis Gustavo Cancellier, por decisão judicial.
A abordagem, segundo os vereadores, foi em razão da Comissão Processante para investigar o prefeito, que está no Legislativo para votação.
“Eles nos abordaram dizendo que caso votássemos pela admissão da Comissão Processante ia cair todo mundo. Comigo, o emissário marcou horário no gabinete na Câmara, me mostrou as conversas da Andresa e disse que seriam espalhadas na cidade”, relatou ao blog o vereador Luan Varnier, do MDB, que também acompanhou a ex-secretária a delegacia.
Ao todo, segundo Luan, foram abordados os cinco vereadores que teoricamente votariam a favor da admissão da Comissão Processante contra Luis Gustavo Cancellier, que é réu em processo na Justiça Federal em razão da Operação Benedetta.
A votação da admissão da Comissão Processante está marcada para a sessão desta terça-feira na Câmara de Urussanga, que inicia às 19 horas. para a aprovação é necessária a maioria simples, ou seja, cinco votos dos nove integrantes do Legislativo.
