A sessão na Câmara no município de Pedras Grandes desta semana teve um fato no mínimo inusitado, uma surra de cinta. Funcionário do setor de obras do município entrou no prédio da Câmara com uma cinta na mão para “surrar” um empresário local que assistia à sessão.
O servidor não teria gostado de comentários do empresário sobre uma obra realizada no município. O empresário aguardava para manifestar-se na Câmara acerca do assunto.
Pedras Grandes é um pequeno município no sul do estado, berço da imigração italiana, onde a disputa entre filiados do PP e do MDB é acirrada.
O funcionário da prefeitura é do PP e o empresário do MDB. A cena provocou gritaria e correria durante a reunião que aconteceu na última segunda-feira, 15 de maio.
O empresário registrou Boletim de Ocorrência e dez exame de corpo de delito.
A Câmara de Vereadores de Pedras Grandes emitiu nota oficial sobre o fato nesta quarta-0feira (17). Confira na íntegra:
NOTA DE ESCLARECIMENTO E REPÚDIO
A Câmara de Vereadores de Pedras Grandes, através do seu Presidente, Vereador Dilcinei Claudino, vem, através desta nota, manifestar-se sobre os fatos ocorridos na Câmara de Vereadores, na sessão ordinária do dia 15/05/2023, segunda-feira.
A sessão teve início às 20h00min, e, como de costume, no auditório, algumas pessoas assistiam a sessão, dentre eles o cidadão que aparece no vídeo tentando defender-se, o qual estava aguardando para fazer uso da Tribuna, a fim de explicar alguns fatos ocorridos na semana anterior, relacionados ao Centro Educacional que está em andamento na comunidade de Ribeirão d’Areia.
Em determinado momento, outro cidadão, que é servidor do Município de Pedras Grandes, adentrou no auditório da Câmara, portando um cinto na mão, e iniciou as agressões que vêm sendo divulgadas pela mídia e redes sociais. Nesse momento, a sessão foi interrompida e alguns Vereadores interviram para cessar as agressões.
A Câmara esclarece que os envolvidos nos fatos não possuem vínculo com a Casa Legislativa, não são servidores e nem Vereadores desta Casa. Esclarece, também, que no momento do ocorrido não estavam sendo discutidos projetos ou qualquer outra proposição legislativa que pudesse ensejar os fatos.
Portanto, frisamos que essa agressão não teve nenhuma relação com os trabalhos legislativos, bem como com nenhum Vereador. Ou seja, a Câmara não possui qualquer tipo de relação com o ocorrido, embora os fatos tenham ocorrido em suas dependências.
Por fim, manifestamos repúdio às agressões sofridas, pois somos contra todo e qualquer tipo de agressão.
Pedras Grandes/SC, 17 de maio de 2023