O governador eleito de Santa Catarina, Jorginho Mello, do PL, na entrevista que concedeu ao blog nesta manhã, reafirmou que a vitória não foi completa em razão de o presidente Bolsonaro não ter sido reeleito, mas avaliou que os bloqueios feitos em rodovias não constróem e que o presidente Bolsonaro deve se pronunciar sobre o assunto.
Jorginho falou também de seus planos para o governo e da participação de sua vice na administração estadual:
O Sr está eleito em Santa Catarina com votação expressiva, mas o presidente Bolsonaro não foi reeleito. Como o sr avalia essa situação?
A vitoria não foi completa. Essa é a grande declaração que eu fiz ontem e reafirmo hoje. Estou muito feliz pela minha eleição, pela conquista, agradecer todos os catarinenses. Mas o catarinense queria que o presidente Bolsonaro continuasse presidente. Isso é fato demonstrado na urna. Então a vitoria para ter sido completa tinha que ser a minha vitoria e a vitoria dele. Mas a gente tem que saber respeitar. A política é assim, o desejo da maioria. Santa Catarina é uma história. O Brasil foi um pouquinho diferente. Foi uma diferença muito pequena, não foi nada de lavada a questão presidencial.
Como será agora sua relação com o presidente eleito?
Eu sou político e acho que político tem que ter respeito às instituições, respeito a quem tem mandato, a quem tem a procuração do povo e eu como já me relacionei no tempo do PSDB , do Fernando Henrique, no tempo da Dilma Rousseff, do próprio Lula, o Michel Temer.. o Bolsonaro é um amigo pessoal e a minha relação é para representar o meu estado. Vou defender o estado de Santa Catarina sob qualquer aspecto. Para estar comigo tem que estar defendendo Santa Catarina vou prestigiar nossa bancada federal que sempre foi muitos atuante, trabalhando de forma conjunta, independentemente de partido, com 16 deputados, três senadores. Vou procurá-los já na semana que vem para tratar de emendas de bancada. Vou falar com o Pacheco, vou falar com o presidente sobre o próximo orçamento, não sei como eles vão fazer aflita, se vão mexer em alguma coisa enfim. Para me preparar para conversar com a bancada para colocar dinheiro nas nossas estradas, nas nossas obras de infraestrutura enfim, o trabalho vai continuar. Jorginho Mello vai deixar de ser senador ano que vem para trabalhar muito por este estado que ele ama, que vai dar seu sangue, sua vida, para fazer um grande governo. É isso que eu vou fazer.
Logo após o resultado da eleição, apoiadores do presidente Bolsonaro iniciaram protestos e hoje em Santa Catarina temos vários pontos de todo ias importantes para o escoamento da produção, bloqueados. Sua avaliação sobre essa situação. O Sr considera que o presidente Bolsonaro deva se manifestar sobre isso?
O presidente eu não consegui conversar com ele ontem, e e tudo normal, deve ter alguma manifestação hoje enfim, a gente vai aguardar. Quero reafirmar: eu fiquei triste por ele, por ele não ter ganho a eleição. Trabalhei muito para ganhar a eleição. Com sinceridade. A oposição sabe disso, os candidatos sabem disso. Agora, esses bloqueios não constróem nada. Vamos ver a manifestação dele. Ele deve fazer uma manifestação. Ele é um brasileiro, que honra o Brasil, enfim.É a ressaca, e o primeiro dia. Vamos deixar a economia funcionar, as estradas funcionarem. Isso não constrói nada. A palavra do presidente é uma palavra muito forte. Isso cabe a ele fazer e eu tenho certeza absoluta que ele vai fazer.
Montagem do secretariado…
Só a partir de primeiro de dezembro. Não vou divulgar nenhum nome e vocês da imprensa que são muito competentes podem ter certeza: tudo o que vocês ouvirem é especulação de alguém. Só o que vai valer é o que sair da minha boca. E só vai sair da minha boca a partir do dia primeiro de dezembro.
Qual será o papel da vice em seu governo?
O papel de uma mulher professora, advogada, delegada. Me ajudar a valorizar as mulheres, melhorar as delegacias de mulher, fazer salas de acolhimento para mulheres. Não misturar com presos, com gente dando depoimento. Ela sendo vítima de abuso, o que é uma vergonha para Santa Catarina, um estado como o nosso estar com esses números. Isso não combina com Santa Catarina e eu digo isso há muito tempo. Ela vai ajudar programas até na área da saúde vamos fazer a carreta da mulher, que vai viajar Santa Catarina fazendo exames como mamografia, tomo, agilizando, cuidando das mulheres. As mulheres precisam de respeito, fazer cumprir a lei, fazer que sejam acolhidas quando precisarem. E o estado precisa estar perto delas. E a Marilisa vai fazer isso. Quero agradecer Joinville. Nós fizermos uma votação histórica. Aliás, em todo o estado, nós ganhamos em todas as regiões e Joinville uma votação histórica. E ela me ajudou muito, uma mulher de valor e eu estou muito feliz com isso.
Pra encerrar, política local. Em Criciúma corte a informação desde o resultado do primeiro turno das eleições, que o prefeito Clésio Salvaro poderia migrar do PSDB para o PL, seu partido e partido do qual o Sr e presidente em Santa Catarina. Alguma conversa com o prefeito neste sentido?
Clésio Salvaro é um amigo, fui deputado junto com ele há muito tempo, é um prefeito de sucesso, um prefeito trabalhador e se ele um dia ele desejar vir para o partido eu recebo ele com o tapete vermelho, não tenha dúvida disso. Porque é um político de resultado. Gosto muito dele porque ele se parece comigo. A gente faz política de resultado. Não adianta fazer curva . É conversa reta, sem nhé nhé nhé e produzir. Então eu respeito ele muito e se um dia ele desejar, ele é muito bem-vindo.