O alerta feito pela coluna do jornal DN, edição de sábado sobre a necessidade de entidades organizadas da sociedade de Criciúma atentarem-se para a possibilidade de falta de água na cidade em caso de quebra de contrato com a Casan foi sem base científica, com foco na experiência de quem viu Criciúma antes da Barragem do Rio São Bento e presenciou as situações de escassez.
Ontem no entanto, o ex-prefeito de Criciúma, Paulo Meller confirmou com dados concretos a possibilidade de a cidade ficar sem água em prazo de dois anos. Além da experiência como prefeito Meller, que usou o horário político da Câmara de Vereadores, também trabalhou na Casan até fevereiro último e fez o alerta com base em números. A principal preocupação é quanto ao abastecimento.
A água que abastece Criciúma e outros municípios da região, é transportada bruta da Barragem do Rio São Bento até a estação no bairro São defende, onde são tratados mil litros por segundo. Estudos realizados pela Casan mostram que em dois anos serão necessários 150 litros a mais, por segundo, para atender a demanda. Para isso, já estão comprados e pagos os canos.
O custo dos canos e da instalação será entre R$ 25 e 30 milhões e a ampliação da estação de tratamento mais R$ 25 ou 30 milhões, somando cerca de R$ 50 milhões necessários em investimentos, se somados os valores menores da expectativa.
Só por esse item, está feito o alerta para que todos os líderes políticos e empresariais da cidade aprofundem pedidos de explicações sobre as declaradas intenções do prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro, do PSDB, de romper o contrato com a Casan.