Ela estava no porta-malas e com um capuz, relata advogado que resgatou menina sequestrada - Karina Manarin

Ela estava no porta-malas e com um capuz, relata advogado que resgatou menina sequestrada

As forças de segurança de Santa Catarina resgataram na noite desta quarta-feira (23),  a menina que havia sido sequestrada em Criciúma. O trabalho da polícia teve a colaboração do advogado Jefferson Monteiro, que conseguiu contato com o sequestrador e resgatou a menina no Rio Grande do Sul, levando-a até o Posto da Polícia Rodoviária Federal em Araranguá.

Advogado  Jefferson Monteiro

“Recebi uma localização, fui até lá, estacionei meu carro e fiquei aguardando. Chegou um carro, estacionou, tirou a menina do porta malas, encapuzada e com amarras nos pés e nas mãos. Largaram ela e eu a resgatei. Abracei ela e ela falou: Que bom, me leva para casa”, narrou Monteiro ao Blog.

Advogado na área criminalista há 18 anos, Monteiro, que á também suplente de vereador em Criciúma,  aproveitou sua experiência profissional para colaborar na elucidação do caso. O motivo foi um pedido de sua filha, amiga da vítima desde os primeiros anos de infância. Tanto que ao resgatar Laura, o primeiro telefonema foi para a filha. “Elas conversaram e eu chorei muito dentro do carro”, relatou. 

Após receber da filha a informação sobre o sequestro de Laura, o advogado Jefferson Monteiro começou a buscar pistas do ocorrido. A primeira conclusão dele foi que os autores do sequestro não eram profissionais.”Constatei isso avaliando o incêndio no carro, o local e como agiram”, descreveu. A partir daí, publicou em suas redes que estava em busca de pistas . “No próprio meio criminal eles abominam esse tipo de crime contra crianças então comecei a receber pistas sobre quem poderia ter feito a ação”, contou.

Com os indicativos, ele contactou a polícia e a partir no desenrolar do processo, teve acesso na delegacia a um dos possíveis envolvidos que já estava preso. “Eu expliquei a situação que ele mesmo se encontrava e consegui a indicação de quem estava com a menina. Então entrei em contato com o sequestrador. Ele estava rodando com ela dentro de um carro e  já queria devolvê-la mas não sabia como. Ele  me fez uma exigência: que eu não fosse com a Polícia. Nesse momento posso até ter arriscado muito porque eu havia falado ao delegado que avisaria logo que soubesse do paradeiro da menina, mas naquele momento precisei fazer isso”, concluiu. 

As forças de segurança de Santa Catarina concedem entrevista coletiva nesta quinta-feira às 11 horas para mais detalhes sobre o sequestro da menina Laura. Ela está em casa e passa bem. As investigações sobre o caso continuam.

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