O debate na Rádio Eldorado, realizado nesta segunda-feira (19), demonstra que os candidatos a prefeito de Criciúma começam a definir o chão que pisam na campanha eleitoral, que começou oficialmente na última sexta-feira (16).
O candidato do PSD, Vagner Espíndola foi o mais atacado, por ser do governo, mas chama atenção o fato de os demais evitarem fazer perguntas a ele, mesmo quando os questionamentos podem ser direcionados a qualquer um dos presentes.
O candidato do PL, Ricardo Guidi, apresenta-se mais treinado, ensaia a apresentação de números e firma-se como o candidato do governador Jorginho Mello, destacando inclusive a parceria que pode buscar no governo de Santa Catarina caso seja eleito.
Mesmo assim, ele evita o confronto com Vaguinho, seu principal adversário e puxa conversa para levantar deficiências na atual administração, com outros candidatos.
Além de Vaguinho e Ricardo, há outros quatro candidatos com pretensão de sentar na cadeira ocupada atualmente por Clésio Salvaro mas nenhum deles com a disposição de enfrentamento direto e duradouro com o representante de Salvaro na eleição, o candidato do PSD, Vagner Espíndola.
O candidato do PP, Júlio Kaminski tem como uma de suas principais bandeiras a redução da taxa de água e esgoto em Criciúma e a levanta em todos os debates.
Paulo Ferrarezi (MDB), bate na tecla de melhorias na saúde com propostas como a instalação de uma UPA Infantil no lugar da Rodoviária de Criciúma e o candidato do PT, Arlindo Rocha destaca sua experiência como administrador, já que foi prefeito de Maracajá e o fato de ser o candidato do presidente Lula, o que o faria ter mais facilidade para implantação de projetos ou mesmo a busca de recursos do Governo Federal.
Também está no páreo Jorge Godinho, que entre ouros assuntos também defendeu no debate desta segunda-feira a redução de taxas da Casan.
Não se aborda aqui todos os assuntos levantados no debate. A questão é uma análise da estratégia adotada pelos candidatos que ao final da campanha estarão alcançando o título de especialistas, se levado em consideração o número de debates dos quais vão participar.
Por ora, o que se enxerga é certa união contra o candidato do PSD, Vagner Espíndola, sem deixá-lo responder a maioria das críticas que apresentam contra o atual governo
Não há como precisar se o motivo é o receio do enfrentamento, já que não se pode desprezar a habilidade de Vaguinho em oratória e conhecimento para responder a perguntas.
Talvez a decisão de silenciar o candidato do prefeito Clésio Salvaro pode ser, na avaliação dos adversários, a fórmula mais assertiva do que tentar confrontá-lo, já que ele apresenta potencial para se destacar se houver enfrentamento.
A conferir como serão os próximos embates entre os candidatos a prefeito de Criciúma.