A carta que a vice Governadora Daniela Reinher, sem partido, enviou ao Governador de Santa Catarina, Carlos Moisés, do PSL, confirma com todas as letras o rompimento da relação política na administração estadual. ” Não há mais confiança. Não somos mais uma dupla”, escreve a vice depois de narrar os motivos, em especial as denúncias relativas a ações de combate a pandemia de coronavírus, como a compra de respiradores, sob investigação.
No texto, Daniela Reinher lembra da época de eleição e do motivo pelo qual a chapa foi eleita, pelo ” desejo de mudanças da população” e defesa de ideias junto ao então candidato à presidência. A vice cobra também explicações de Moisés sobre o afastamento dele de Jair Bolsonaro, ao mesmo tempo que reafirma seu alinhamento com o atual presidente. Mais que isso, a carta narra situações em que ela foi excluída de reunião por “falta de cadeiras”. ” Cada respirador feito por catarinense me emociona mas choro mesmo ao pensar que R$ 33 milhões poderiam salvar tantas vidas”, é a frase que encerra o texto, fazendo clara alusão ao vídeo do Governador Moisés chorando ao visitar empresa que produziu respiradores na última semana.
Diante de pedidos de impeachment de Carlos Moisés, Daniela Reinher reafirma não compactuar de ações do atual governo, deixando claro não ter participado. Entre os pedidos de impeachment no entanto, há um que envolve também a vice-governadora quando trata da equiparação salarial dos Procuradores do Estado.
Nos bastidores da Assembleia aliás, há avaliações que esteseria o mais “consistente” para o afastamento de Moisés do cargo, em especial por ter parecer do Tribunal de Contas ratificando ter sido a ação ilegal. A julgar pelo atual cenário, por mais que Daniela trabalhe seu descolamento de Moisés, por ora, ela também não está livre do fantasma do impeachment
Confira AQUI A CARTA NA INTEGRA
