O prefeito de Morro da Fumaça, Noi Coral, do PP, destacou em entrevista ao blog, os grandes investimentos em loteamentos na cidade, que impulsionam a economia.
Em seu segundo mandato, ele destacou ainda que espera do novo governador do estado mais atenção do que teve do atual e informou que Morro da Fumaça está entre os poucos municípios que não foram contemplados pelo Plano 1000 em Santa Catarina, apesar de ter projetos.
Coral confirma ainda que seu vice, Eduardo Guollo será o candidato a prefeito em 2024 pelo PP.
O sr comentou em conversa antes da entrevista, sobre o crescimento do número de loteamentos em Morro da Fumaça…
Olha as pessoas começaram a perceber que se tratava de um bom negócio. Por exemplo: quem tinha um terreno e precisava vender então foram várias parcerias com empresas de loteadores…
Mas parceria da prefeitura?
Não, não.
Como aconteceu isso?
Parceria da prefeitura é cobrar, fiscalizar, liberar, analisar o projeto, ver se está adequado ao plano diretor. Em 2014 depois que foi feito o primeiro plano diretor, ele exige que todos os loteamentos sejam com infraestrutura completa. Pavimentação, iluminação, rede pluvial e a partir de 2014, ou um pouco depois, também começamos a exigir rede para o tratamento de esgoto. Então hoje eles têm até estação de tratamento de esgoto, os loteamentos que estão surgindo hoje. Então foi mais por questão de ser um bom negócio. Porque se fosse vender um terreno por exemplo, de cinco hectares teria um preço, um valor de 500 mil reais, o proprietário do terreno fazendo essa parceria com o roteador de 50% no mínimo conseguiria triplicar o valor do terreno em lotes. Então por isso que o pessoal que tem um terreno e quer se desfazer do terreno, primeiro procura uma parceria para ver se é possível naquele local fazer loteamento.
Desde que o sr assumiu a prefeitura, qual o cálculo de quanto aumentou em loteamentos na cidade?
Antes de eu entrar na política, na prefeitura, minha única função era de casa para o trabalho, então eu não acompanhava muito a cidade. Mas acredito que deva ter aumentado em torno de 70% no mínimo, a quantidade de loteamentos. De 2016 para cá.
O sr falou em uma campanha para que as pessoas venham morar em Morro da Fumaça…
Campanha nossa acho que é a própria gestão, de organizar a cidade. Primeiro objetivo nosso era fazer que o fumacense voltasse a sentir orgulho de morar aqui. A cidade vinha de alguns governos que até certo ponto não pensavam muito no município, para frente, os próximos 20 ou 30 anos mas nós tínhamos um município com muitas prioridades. Desde escolas com problemas, postos de saúde faltando acessibilidade, os dois ginásios de esportes precisando de reformas, pavimentação então, nem se fala, assumimos com mais de 120 ruas para serem pavimentadas… A impressão que se tinha é que era uma cidade abandonada. Nós fizemos uma gestão de enxugamento. Toco prefeitura como se fosse uma empresa minha, com uma gestão muito técnica e aos poucos fomos colhendo frutos. Pessoal de fora já está enxergando o município de outra maneira.
De que maneira prefeito?
Oportunidade, empregos, há muito tempo temos 80, 100, 120 vagas no Sine. Também estamos inaugurando a primeira ;área industrial. Primeiro fizemos o dever de casa. Investimos muito em educação, escolas novas, ampliação em vagas de creches…
O sr teve parceria com o Governo do Estado?
No primeiro mandato tivemos convênio governos estadual e federal em torno de R$ 10 milhões em emendas. E investimos, em financiamento e recursos próprios, em torno de R$ 32 milhões no primeiro mandato. Tivemos um bom superávit porque trabalhamos com a folha bem enxuta. O que me deixa sempre orgulhoso é quando a gente faz obra com recurso próprio. Então foram quase R$ 12 milhões com recursos próprios no primeiro mandato. E a partir daí começamos a deixar a cidade com outra cara e isso desperta o interesse de empresas e pessoas que queiram vir morar na cidade. Teve relato de famílias que vieram morara qui porque ouviu falar que a saúde estava bem. Pessoas que precisavam.
Acabamos de passar por uma eleição, que escolheu um novo presidente, um novo governador, deputados, senador. Tínhamos um governador com uma característica mais municipalista. O que o sr espera desse novo governo do estado?
Pra começar, meu governador era o Esperidião. Não pode ser do meu partido mas pelo conhecimento que tenho a respeito dele, pela história dele. Mas, infelizmente não conseguimos elegê-lo. Esperamos que o novo governador seja municipalista também, como todos prometem, e espero que o meu município não seja excluído como foi pelo governo anterior. Porque o nosso município de Morro da Fumaça foi um dos poucos municípios excluídos, que o governador não visitou e não enviou emenda diretamente do governo.
O sr não estava no Plano 1000?
Segundo aquele projeto, todos os municípios seriam contemplados. Só que o nosso município não tinha ainda sido contemplado naquele momento. Eu consegui algumas emendas estaduais através do deputado José Milton Scheffer e com nossos outros deputados mas emenda, recursos diretamente do Governo do estado, o município de Morro da Fumaça não conseguiu. E não foi por falta de projetos porque nesse segundo mandato eu mudei um pouco a minha maneira de administrar, fiz uma lista de prioridades e fiz os projetos. Então eu sempre levei projetos, já com planilha orçamentária prontos para licitar, para o governo, porque o governo sempre cobrava que ia atender municípios que tivessem projetos. Então a nós temos hoje R$ 20 milhões em projetos prontos. Se tiver recursos, já licita em seguida. Foi o cuidado que tomei nesse segundo mandato para não escutar essa velha história que município não consegue porque não tem projeto. Conversei com ele, conversei com a equipe dele, levei em mãos e infelizmente não fomos contemplados.
Governo federal prefeito. Qual a expectativa?
Da mesma forma, hoje nós temos que falar que nosso presidente eleito é o Lula e nosso governador é o Jorginho Mello. Dá algum parecer do que eu penso no futuro? Prefiro ficar em silêncio e aguardar.
Nós sabemos que termina uma eleição e as pessoas já começam a se planejar para uma próxima. O sr já foi reeleito então em 2026 não poderá concorrer a prefeitura. O seu vice, Eduardo Guollo é o próximo candidato pelo PP?
Sem dúvida. Desde o início do primeiro mandato ele esteve do meu lado. A gente sempre fala que faz uma administração a quatro mãos tanto é que nesse segundo mandato toda a parte de desenvolvimento econômico é com ele , sem contar que todas as ações e projetos nós discutimos e trocamos ideia. Tudo o que eu faço ele fica sabendo, ele acompanha, participa e com certeza hoje ;e a pessoa mais preparada e será meu candidato à sucessão.