Para o pré-candidato a prefeito de Criciúma, Vaguinho Espíndola (PSD), não é efetiva a ideia de reativar a Guarda Municipal – nos mesmos moldes da instituição extinta em 2017 – com o objetivo de aumentar a segurança pública. Desde que a instituição deixou de existir, os números diminuíram consideravelmente na cidade, tanto que atualmente, segundo o Atlas da Violência 2024 divulgado nesta semana, Criciúma é a primeira mais segura entre os estados de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul quando analisados os municípios com mais de 200 mil habitantes.
Ainda de acordo com dados de Criciúma, o período de 2012 a 2016 – quando a cidade contava com uma Guarda Municipal ativa – foi o mais violento da história, com o registro de 217 homicídios. Já nos cinco anos seguintes, depois que a Guarda foi extinta em 2017, houve uma queda considerável nos casos e as forças de segurança contabilizaram 77 homicídios e no período atual, esse número é ainda menor: 14.
“Segurança Pública é um dever do Estado, mas também uma responsabilidade do Município. O que nós precisamos hoje, é deixar que as polícias façam o trabalho delas, com muito mais tempo e qualidade. Para isso, precisamos de agentes de trânsito ajudando, principalmente em acidentes sem vítimas, no patrulhamento das saídas das escolas e na proteção patrimonial da cidade, como nos parques, por exemplo. Temos que entender que toda estrutura que você traz para dentro da Prefeitura onera o município e, por isso, precisamos pensar em políticas públicas sistêmicas e integradas, bem como cobrar do Governo do Estado para que aumente o efetivo da polícia militar na cidade”, argumenta o pré-candidato a prefeito pelo PSD.
O Atlas da Violência é um levantamento anual feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). O documento divulgado nesta semana mostra que Criciúma é uma das cidades mais seguras de Santa Catarina, uma vez que possui uma taxa de apenas 6,1 homicídios a cada 100 mil habitantes.
Por outro lado, entre as cidades catarinenses mais violentas, de acordo com o levantamento, estão Balneário Camboriú, com 12,9 homicídios a cada 100 mil habitantes; Chapecó (12,6), Palhoça (10,8) e Joinville (9,7).
“A semelhança dessas cidades mais violentas, é que todas possuem Guardas Municipais. Já por outro lado, Jaraguá do Sul, que é o município mais seguro de Santa Catarina, não possui a guarda instituída. Ou seja, ter uma Guarda Municipal não é a solução para aumentar a segurança pública e, por isso, sou contrário à sua reativação”, avalia Vaguinho.