Guerra declarada: nota oficial da Casa Civil desmente ex-governador Moisés. - Karina Manarin

Guerra declarada: nota oficial da Casa Civil desmente ex-governador Moisés.

A Secretaria da Casa Civil de Santa Catarina emitiu nota sobre a obra da Ponte do Pontal, em Laguna e revelou que do custo estimado pelo governo anterior de R$ 345 milhões de reais, foi reservado para o exercício de 2023, apenas R$ 20 milhões, conforme consta na Lei Orçamentária Anual, aprovada pela Assembleia Legislativa. “É uma irresponsabilidade dar andamento à obra sem ter recursos em caixa”, diz um trecho da nota.

O texto enumera cinco pontos relativos à obra  e alfineta o ex-governador Carlos Moisés, (Republicanos), citando “contradições” em algumas falas recentes.

“ Há também contradições em algumas falas recentes do ex-governador. Ele tem afirmado que a empresa vencedora da licitação seria definida apenas em julho, mas o mesmo lançou um processo licitatório em dezembro, cujo prazo final seria março. Ou seja: a empresa escolhida teria ainda, em 2023, nove meses para iniciar e executar a obra com um orçamento de apenas R$ 20 milhões, o que não é condizente com o porte da ponte”, desmente. 

A nota, assinada pelo Secretário Estadual da Casa Civil, Estener Soratto, garante no entanto, que a ponte do Pontal, em Laguna deve sair do papel mas, somente quando houver recursos assegurados para tal. 

Confira a nota na íntegra: 

Nota Oficial

A VERDADE SOBRE A PONTE DO PONTAL, EM LAGUNA, EM 5 PONTOS

1 – Em primeiro lugar, todas as informações sobre a obra – divulgadas recentemente em entrevistas e matérias de veículos de comunicação da Amurel –  são públicas e estão à disposição de cada catarinense. Mas não bastam os fatos, é preciso ter uma narrativa correta e coerente para que a população não seja desinformada.

 

2- Para uma obra com custo estimado pelo próprio governo anterior de R$ 345 milhões de reais, foi reservado para o exercício de 2023, apenas R$ 20 milhões, conforme consta na Lei Orçamentária Anual, aprovada pela Assembleia Legislativa. 

 

Não é necessário ser especialista em Orçamento para compreender o tamanho da discrepância de valores, sendo, portanto, uma irresponsabilidade dar andamento à obra sem ter previsão de recursos em caixa. 

 

E mais: os novos repasses para obras do Plano 1.000, prometidas e confirmadas pelo antigo governo, foram suspensos por meio da portaria 566, assinada no apagar das luzes, no dia 28 de dezembro de 2022.

 

3 – Há também contradições em algumas falas recentes do ex-governador. Ele tem afirmado que a empresa vencedora da licitação seria definida apenas em julho, mas o mesmo lançou um processo licitatório em dezembro, cujo prazo final seria março. 

 

Ou seja: a empresa escolhida teria ainda, em 2023, nove meses para iniciar e executar a obra com um orçamento de apenas R$ 20 milhões, o que não é condizente com o porte da ponte.

 

4- Além de questões orçamentárias e de prazos, há questões técnicas que precisam ser resolvidas. Será necessária uma revisão no projeto deixado pelo governo anterior, haja vista que os dois acessos, via SC-100 e Av. João Pinho, são em pista simples. Desta forma, a Ponte do Pontal deve seguir esse mesmo padrão, e não ser duplicada, o que diminuiria o tempo de execução e o valor da obra.

 

5- Reitero o respeito institucional à gestão anterior, mas nosso compromisso é principalmente com os catarinenses.

A Ponte do Pontal é uma prioridade para a nossa região e sairá do papel, mas quando os recursos e a legalidade estiverem assegurados.

Este é o nosso jeito de trabalhar, com comprometimento e muita ação, mas sem criar falsas expectativas no nosso povo.

Soratto

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