Mais Médicos: um bom "negócio" para o Brasil, Cuba e os prefeitos - Karina Manarin
Mais Médicos: um bom “negócio” para o Brasil, Cuba e os prefeitos

Mais Médicos: um bom “negócio” para o Brasil, Cuba e os prefeitos

O Programa Mais Médicos, instituído no Brasil na administração de Dilma Rousseff, do PT, em 2013, foi um bom “negócio”não somente para o governo brasileiro, como para Cuba e para os prefeitos.

Para o Brasil porque tinha por objetivo suprir necessidades emergenciais de médicos, em especial em regiões precárias. Para Cuba, porque em dificuldades financeiras desde a falência da União Soviética, de onde vinha seu principal apoio, o regime socialista buscou uma fórmula para conseguir recursos ao seu sustento com a “exportação” de médicos.

Os prefeitos por sua vez, têm profissionais para atendimento em seus municípios sem a necessidade de arcar com os custos ou correr riscos de processos trabalhistas. Por isso, o anúncio de Cuba, de encerramento do contrato provocou gritaria de chefes de Executivo país afora, independente de ideologia partidária.

O que se expressou com mais contundência na região foi Murialdo Gastaldon, do MDB. Apesar de Içara não ser um município perdido em um canto do país, e estar a dez quilômetros de uma Universidade que possui o curso de medicina,  por lá são nove médicos Cubanos pagos pelo Governo Federal e que recebem cerca de R$ 3 mil dos 11.520,00 repassados à Cuba. Nada ilegal. Tudo dentro do contrato.

O cenário desolador e pessimista pintado pelos que julgam o fim dos tempos a rescisão do contrato de Cuba com o Brasil referente ao serviço de saúde, poderia no entanto, ser substituído por sugestões.

Há de se mudar as regras em nosso próprio país para que possamos buscar por aqui mesmo a qualidade de vida aos nossoa habitantes. O recurso repassado a Cuba, e que sustentam o regime autoritário de Raul Castro, poderia ser investido em formação de médicos, com a condição de que  após a formatura pudessem trabalhar por um tempo em serviço público.

Isso sem desmerecer é claro, o trabalho dos médicos cubanos. A quem duvida das condições de Cuba hoje, recomendo o documentário “Cuba e o Cameraman”, feito por um jornalista que por quase 40 anos acompanhou o país. Há de se constatar que até mesmo o atendimento em saúde, que no primórdio era o mais moderno e oferecido à toda a população, já não existe mais.

Quem assiste até concorda que a intenção dos revolucionários poderia de fato ser a igualdade de seus conterrâneos mas infelizmente, o plano não deu certo.

As condições de vida da maioria dos cubanos está longe de ser a ideal. Prova disso são os próprios médicos que aceitaram as cláusulas do contrato. Trocaram salário que varia entre 25 a 40 dólares, ou seja, entre R$ 100 e R$ 160 em Cuba por R$ 3 mil no Brasil.

Atire a primeira pedra quem não se submeteria…

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