MDB pediu mas não levou. Beto Martins volta para Secretaria em SC - Karina Manarin

MDB pediu mas não levou. Beto Martins volta para Secretaria em SC

Com o retorno de Ivete da Silveira (MDB), à cadeira no senado, Beto Martins, que por quatro meses ocupou a vaga, volta para Santa Catarina especificamente para a Secretaria de Portos e Aeroportos. Essa é a tendência natural confirmada por ele em entrevista ao blog na manhã desta terça-feira (5). 

Ocorre no entanto, que essa secretaria é a preferida pelo MDB como a terceira pasta a ser ocupada pelo partido no governo de Jorginho Mello cujo pacto foi selado na última semana.

Na entrevista, Beto Martins falou com propriedade sobre os projetos da Secretaria, inclusive o Plano Aeroviário, lançado nesta semana e que determina um “norte”para aeroportos de Santa Catarina para os próximos 20 anos. 

A presença de Beto Martins no lançamento do Plano Aeroviário, o conhecimento que tem dos projetos da Secretaria e suas declarações sobre a tendência de retorno, não deixam dúvidas que o assunto está resolvido em âmbito administrativo e em sintonia com o governador. 

Caberá a Jorginho Mello retornar  à carga na conversa com o MDB e acertar outro espaço para a ampliação da participação do partido.

Senador Beto Martins concedeu entrevista ao blog na manhã desta terça-feira (5)

Veja a entrevista na íntegra:

Plano Aeroviário de Santa Catarina:

Isso significa que agora temos um projeto de estado para os aeroportos e não um projeto somente de um governo. A partir disso sabemos qual e aprioridade, qual é a envergadura de cada aeroporto. O aeroporto que tem uma função local, um aeroporto que tem uma função regional e o aeroporto que tem uma função comercial estadual. O estudo mostra o que cada um pode representar na geografia dos aeroportos do estado e define quais as prioridades de investimento. Ém plano que vai dar um norte para os aeroportos de Santa Catarina pelos próximos 20 anos.

O que há de planejamento para a região sul?

No sul, está claro que o aeroporto regional é Jaguaruna. Jaguaruna é o aeroporto comercial, regional que está estabelecido. Vai para a concessão agora, no final de novembro e Forquilhinha é um aeroporto auxiliar a Jaguaruna. Ah mas então Forquilhinha não pode ter voo comercial? Pode. Dentro da sua capacidade, dentro da sua envergadura. Nós estamos lutando muito no estado para trazer para Santa Catarina um projeto que já tem no Paraná, que já tem no interior de São Paulo que é o Azul Conecta. É um avião menor, com nove lugares. Por exemplo, quem está lá em Caçador, para ir para Florianópolis é trabalhoso porque temos problemas de rodovias, e tu sabes disso. Então, tenho certeza que empresários gostariam de ter uma opção. De poder pegar um avião e chegar em Florianópolis em 45 minutos de viagem. Então essa é uma opção que estamos tentando levar para os aeroportos menores de Santa Catarina.Os voos regionais com aeronaves menores. Primeiro porque tem aeroporto que não está preparado para aeronaves maiores e também porque não tem demanda para isso.

O sr fala com propriedade de todos esses projetos e sabemos que o sr trabalhou neles enquanto Secretário de Portos, Aeroportos e Rodovias. O sr deve deixar a cadeira no senado com a volta de Ivete da Silveira no dia 2 de dezembro. O sr retorna para a Secretaria de Portos e Aeroportos?

Eu fui para o senado. Evidentemente que o que está combinado está sendo cumprido e eu não quero deixar nenhuma margem de dúvida nisso. Dona Ivete cumpre integralmente com o que a gente combinou.Eram quatro meses e os quatro meses vencem no final de novembro. Eu já conversei sim com o governador sobre isso e a tendência é que eu retorne para a secretaria no final do ano ou no ano que vem. Mas é claro que ainda viu ter uma última conversa com o governador depois que eu sair do senado. A competência de estabelecer a secretaria é do governador. Tendência natural é o meu retorno.

Ainda temos dois anos de mandato, o sr é suplente de senador. Existe mais uma conversa no sentido de o sr lá na frente assumir novamente essa cadeira no senado?

Eu entendo que essa conversa sempre estará aberta, eu tenho uma relação de muito respeito com a dona Ivete e se surgir a possibilidade de a gente voltar a poder ocupar, é óbvio que essa conversa tem que acontecer com a dona Ivete mas também com o MDB. Mas ela parte da premissa que se haja alinhamento de interesses, especialmente da dona Ivete porque não adianta o MDB, eu, o governo queremos e a dona Ivete não desejar sair. Então parte do princípio que a conversa com a Dona Ivete, com o MDB sempre estará aberta, mas nesse momento não estão acontecendo.

Nesse tempo que o sr ficou no senado já faz parte de Comissões , apresentou emendas para a Reforma Tributária.. Seu futuro político. A intenção é uma candidatura ao senado em 2026?

Projeto com muita humildade o seguinte: primeiro falar da minha passagem pelo senado. Foram quatro meses e dentro de um período eleitoral, o que me deixou muito menos margem para trabalho. Porque tem muitas semanas que não teve sessão no senado em função do calendário eleitoral. Mesmo assim em quatro meses eu apresentei quatro projetos de lei que estão rodando de maneira ágil na casa, porque são projetos bons, que foram bem aceitos. Fiz 28 emendas para a Reforma Tributária e digo com alegria que 12 delas foram absorvidas no relatório da CAE, Comissão de Assuntos Econômicos. Participo de três comissões importantes, dei para Santa Catarina uma participação em Comissões importantes: CCJ, Comissão de Educação e de Infra-estrutura. E relatei projetos nessas Comissões. Então, para quatro meses de trabalho acho que foi significativo. 

E o futuro político? 

Com relação ao futuro político, tenho que ter humildade e pés no chão. Não serão quatro meses no Senado da República que poderão me credenciar para pedir lugar na janela nessa disputa por uma vaga no senado no futuro. Temos que respeitar que tem outras figuras no partido, que estão com muito mais envergadura política do que eu hoje, deputados federais e etc. Então, vou cumprir minha missão no senado. Saindo do senado vou sentar, conversar com o governador, que é o líder maior desse processo e na conversa com ele a tendência natural é eu voltar para a Secretaria então tenho que focar nesse trabalho e deixar para pensar a questão política na hora que realmente isso venha à discussão de maneira plena que é próximo de 2026.

Candidatura a deputado estadual ou federal também estão em pauta?

Eu não tenho a palavra nunca para nenhuma possibilidade. Deputado estadual, deputado federal enfim, são todas possibilidades que não estão descartadas. 

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