A visita da Ministra da Agricultura, Tereza Cristina, a Santa Catarina nesta quarta-feira de certa forma frustrou expectativas. Isso porque, não apresentou qualquer alternativa do Governo Federal para amenizar os efeitos da estiagem que castiga a região. Limitou-se a dizer que veio muito mais para ouvir e avaliar a situação. Mais que isso, a ministra chegou a comentar ao chegar em Chapecó, em uma propriedade amplamente afetada pela seca, que “já observou danos maiores em outras regiões do país”.
O governador Carlos Moisés da Silva participou de evento com a Ministra e ressaltou Programa SC Mais Solo e Água, com investimento de R$ 350 milhões para combater os efeitos da falta de chuvas até o fim de 2023.
Na propriedade visitada pela ministra, do agricultor Wolvir Menegatti, o Estado ajudou na perfuração de um poço artesiano com mais de 200 metros de profundidade. Com ele, é possível utilizar até 15 mil litros de água por hora, ressaltou o governador.
A ministra Tereza Cristina chegou a comentar durante sua visita, que o Brasil é um país continental, com realidades diferentes e citou também as enchentes que atingem algumas regiões. Veio a Santa Catarina para “ chover no molhado”, em perdão do trocadilho, já que trata-se de realidade conhecida dos brasileiros.
A avaliar pelo cenário, o Governo Federal pouco apresenta em soluções para Santa Catarina, apesar da grande votação que recebeu no estado. Para citar exemplo recente, no apagar das luzes de 2021, em dezembro, o governo federal cortou quase R$ 40 milhões em orçamento destinados a obras em duas rodovias catarinenses: a BR-470, no Vale do Itajaí, e da BR-163, no Oeste.