“Não sou pré-candidato a prefeito de Criciúma” - Karina Manarin

“Não sou pré-candidato a prefeito de Criciúma”

Diante das especulações durante a semana sobre sua possível saída do MDB, o deputado estadual Luiz Fernando Cardoso, o Vampiro, descartou levemente a informação diante de uma análise sobre a necessidade urgente de construção do futuro da sigla. Mais que isso, Vampiro disse com todas as letras que não pretende disputar a prefeitura de Criciúma no próximo ano. 

Deputado nesta semana tomaram conta dos bastidores conversas sobre possível intenção sua de deixar o MDB. Procede?

O partido, o MDB sempre me deixou livre para trabalhar politicamente desde a minha filiação, sem qualquer tipo de pressão ou articulação seja em projeto do Legislativo ou mesmo nas minhas ações no Executivo. Sempre tive total liberdade de exercer os mandatos. O partido na verdade não tem qualquer tipo de expectativa de eu sair. O que eu entendo é que o MDB precisa construir seu futuro. O MDB é um partido de passado, de história, da redemocratização, de Ulysses Guimarães…

Como se constrói esse futuro?

É esse o nosso grande desafio: Parar de olhar para o retrovisor e começar a olhar para o parabrisa. Nós precisamos de novas ideologias, novas perspectivas, novas formas de agir e principalmente novos planos estratégicos para chegar ao poder em 2020 e 2022. Eu acho que é assim que funciona partido.

O sr está falando do Estado?

Do município e do Estado, começa assim, O militante do MDB na sua base que não tem perspectiva de poder para em 2020 conseguir ser prefeito para 2022 ter efetivamente seu governador, ele é automaticamente não começa a estar mobilizado, ele começa a estar desmotivado. Então, a perspectiva de um partido político obviamente é o poder. Por isso temos que criar estratégias principalmente unificar o partido em torno de uma bandeira e de um propósito.

Essa estratégia passa pela presidência do MDB de Santa Catarina, que está em discussão agora?

Perfeito. Esse é um plano estratégico. Segunda agora temos uma reunião das bancadas federal e estadual, primeira reunião do ano com as duas bancadas, juntamente com o senador Dário Berger, no sentido de unificar as propostas para o nosso partido. O MDB nacional estraçalhou, despedaçou na verdade, grande parte do MDB de Santa Catarina em todo o país mas Santa Catarina também foi muito prejudicada.

O sr está falando da prisão do Michel Temer?

Não só a prisão mas uma série de trapalhadas que foram feitas. Se você for ver não tem só o Michel Temer com problemas gravíssimos neste sentido, nós temos ex-ministros, deputados federais, ex-governadores presos. Então, há na verdade um sentimento muito ruim em relação ao histórico do MDB atual. O histórico do passado  do MDB é muito bom mas a história do MDB e seus líderes nesse momento não é boa. Por isso que a perspectiva de poder é um dos objetivos que tem que ter um partido , ou seja, como vamos chegar ao poder novamente. O que vamos apresentar para a sociedade nesse momento político para que seja boa gestão pública, com austeridade. De que forma vamos apresentar novo plano de trabalho. É isso que defendo e minha perspectiva.

O fato de daqui a pouco o MDB nacional cair nas mãos de um desses líderes que não apresenta história recente positiva seria motivo para o sr deixar o partido?

Acredito que não só eu deixaria. Muitos outros simpatizantes e militantes do partido sairiam. Não tenho dúvida nenhuma. Se o Renan Calheiros for o presidente do MDB nacional quem será ele para me representar ou para tomar as decisões neste sentido? O Renan Calheiros foi aquele que derrotou o Luiz Henrique, o que derrotou a Simone Tebet , derrotou o Dário Berger para ser o líder do Governo agora contra o Eduardo Braga, é aquele que vem derrotando as superações de Santa Catarina. Então ele não me representa e não me representará. Por isso digo que tivemos uma grande oportunidade de o partido ressurgir através de uma mulher, de uma grande política que é a Simone e infelizmente foi atrofiado. A expectativa foi frustrada. Se novamente for frustrada na presidência nacional do partido isso mostra uma sucessão de erros e ninguém vai ficar em uma agremiação, independente do seu histórico, se tiver uma sucessão de erros.

MDB de Criciúma. O sr é pré-candidato a prefeito?

Não. Não sou pré-candidato a prefeito em virtude que eu entendo que eu tive um mandato de deputado estadual suplente na verdade, depois exerci o mandato de secretário de estado de infraestrutura e não consegui exercer e nem fazer desde o começo um mandato como eu queria como deputado estadual. O gabinete do meu primeiro ano não era meu, era do Milton Hobus, eu só assinava os documentos e o segundo ano depois foi do Berlanda e assim sucessivamente. É o primeiro momento que eu tenho um mandato meu que eu posso efetivamente tratar o meu gabinete, minhas ações políticas e demandas como eu entendo são necessárias. Por isso eu gostaria, e pretendo e vou ficar na verdade, trabalhando por estruturação do partido no Sul que é minha base de apoio mas principalmente pensando em 2022 nós termos um candidato a govenador de Santa Catarina.

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