Os governos de Lula e de Dilma Roussef descobriram a fórmula da unanimidade e, a julgar pelas atitudes baseiam-se na tese de que tudo tem seu preço. No caso dos petistas, semeiam recursos públicos em obras há muito reivindicadas e colhem o apoio incondicional para suas reeleições.
Ontem, mais um exemplo: a licitação da pavimentação da Serra da Rocinha. Obra reivindicada há mais de 20 anos no Extremo Sul e que foi realizada em Regime Diferenciado de Contratação.
A abertura dos envelopes aconteceu na sede do DNIT sob os olhares atentos do deputado José Milton Scheffer , do PP, do prefeito de Timbé do Sul, Eclair Alves Coelho, do PMDB e líderes da região beneficiada. É uma grande obra. A estrada, de 22 quilômetros vai completar todo o trajeto que inicia em São Borja no Rio Grande do Sul e termina em Araranguá, passando por 33 municípios.
Em mais de 20 anos de reivindicações passaram-se pelo menos cinco governos, entre eles, dois do presidente Lula. Mas a presidente Dilma, que já está em campanha por sua reeleição fez. E não fez só isso.
Dilma repassa ao Governo do Estado mais de R$ 9 bilhões com os quais já arrancou declarações de amor do Governador Raimundo Colombo, do PSD que descolou-se inclusive dos Bornhausen, seus principais incentivadores políticos.
O pensamento que toda unanimidade é burra, imortalizado por Nelson Rodrigues, foi totalmente rechaçado pelo governo federal.
Há de se destacar no entanto, que de fato, um governo que não tem oposição não é um bom governo. É semelhante ao monopólio. Sem concorrência, o consumidor precisa engolir o que é oferecido. Sem chances de melhorias ou contestações.