Numa escala bem menor que as denúncias que culminaram na cassação do presidente Fernando Collor de Mello, no Legislativo de Criciúma, existem pontos comparáveis.
O primeiro deles, é que a aceitação ou não da Instalação de Comissão para avaliar o caso do vereador Moacir Dajori independe do processo na justiça. O caso de Collor, surgiu por denúncias na imprensa, passou pela instalação de uma CPI na Câmara Federal e terminou no afastamento dele, tornando-o o primeiro presidente a sofrer tal processo.
Anos mais tarde, o STF o absolveu da acusação de corrupção passiva por falta de provas mas, mesmo assim, Collor perdeu seus direitos políticos. De volta ao assunto paroquial, que envolve o vereador Dajori, são duas as ações que o Ministério Público solicitou contra ele: uma penal e uma de Responsabilidade Administrativa.
O motivo foram investigações realizadas através de uma denúncia de um ex-assessor de seu gabinete sobre desvios de medicamentos, de vacinas contra a gripe, e irregularidades em agendamentos de consultas.
Além disso, o assessor o acusou de ter exigido a divisão de seu salário Dajori foi administrador do Posto de Saúde 24 horas no Bairro Próspera.
No relatório das investigações constam atitudes tomadas pelo vereador inclusive depois de ter assumido o mandato, o que derruba a tese de advogados locais de que o atual plenário não poderia julgá-lo.