Parece fato pequeno, se comparado a denúncias recebidas diariamente e com características mais “graves”. Fato concreto no entanto, é que não é permitido o serviço de máquinas públicas em terrenos privados.
Há neste cenário um agravante: o significado político da denúncia, se comprovada. O prefeito Márcio Búrigo, do PP, assumiu o comando do Executivo com o intuito de renovação de antigas práticas.
Além disso, fez verdadeira engenharia política para nomear o vereador Sírio Cirimbelli, para a chefia do Pátio de Obras. Levou também o primeiro suplente,Giovane Zappelini para a ASTC e o segundo, Sílvio Ávila a ocupar cadeira na Câmara de Vereadores.
Como a pedra no caminho de Carlos Drumond de Andrade, no de Sírio surgiu a denúncia, dizem, de fogo amigo,de que máquinas da prefeitura estariam aterrando um terreno de sua propriedade.
Assunto que merece mais que as explicações truncadas apresentadas pelo secretário de Obras, André de Lucca.
Sob pena de respingar inclusive no prefeito, a ponto de manchar seus propósitos de uma gestão marcada pela transparência e a engenharia política construída ao longo do diálogo com correligionários.
Se há no meio do caminho uma pedra e a ela não for destinado o rumo correto, pode se tornar inesquecível, tal e qual o poema de Dummond.