O mundo não acabou em 2012. Os Maias se equivocaram mas, os fatos que marcaram a história política de Criciúma por certo serão lembrados por muitos calendários.
A votação expressiva do prefeito Clésio Salvaro, mesmo impedido pela Lei da Ficha Lima e a canonização dele pelo mesmo povo que clamou pela aprovação do projeto, frise-se, de iniciativa popular, é digna de tese.
Fica a lição: a Lei é válida e aceita até que atinja o candidato escolhido pelo eleitor. Outro ponto, é a convocação de sessão para hoje, para votar o parcelamento da dívida da prefeitura com o CriciúmaPrev .
Nos bastidores da Câmara, na sessão de quinta-feira, me soprou um dos líderes políticos ligados ao prefeito Salvaro que o mandato deve terminar com R$ 5 milhões em caixa.
Como o dado não é oficial, não vale como parâmetro ainda. Se for, no entanto, cabe mais um questionamento: qual seria o motivo para não pagar aos servidores o R$ 1,9 milhão, da parte deles, já que foi descontado em Folha e não depositado no destino determinado por lei?
Existem duas possibilidades: ou a prefeitura de fato não dispõe de recursos, e aí a informação recebida nos bastidores pode de fato não se concretizar ou o prefeito está insistindo em terminar seu mandato com a característica que é peculiarmente sua: a teimosia e a demonstração de que é o dono da situação.