A situação da Celesc será pauta de reunião amanhã na Assembléia Legislativa. Trata-se de Audiência Pública realizada pela Comissão de Minas e Energia, Ciência e Tecnologia para discutir as consequências da não renovação da concessão pela Aneel, plano diretor, estrutura organizacional, política de investimentos e recomposição do quadro de pessoal.
O debate foi proposto pelo deputado Dirceu Dresch, do PT com respaldo de líderes das bancadas do PSDB,DEM,PPS,PP e PCdoB.
Esta confirmada a participação do presidente da Celesc, Cleverson Siewert.
Também foram convidados a participar da audiência o governo do Estado, o Conselho de Administração da Celesc, Ministério Público, prefeitos, vereadores, federações representativas dos municípios, indústrias e associações empresariais e sindicatos e federações de trabalhadores do setor elétrico.
Conjuntura
Greve: No dia 6 de março, os trabalhadores da empresa paralisaram as atividades em todo o estado protestando pela moralização da Celesc, com a recomposição do quadro de pessoal e estruturação da empresa. Os trabalhadores denunciam que no último concurso o grau de dificuldade da prova foi muito alto, com o interesse de reduzir as contratações e dar preferência à terceirização dos trabalhos. Esse concurso só foi realizado por exigência do Ministério Público do Trabalho.
Prejuízo: No dia 28 de março, a Celesc publicou o seu balanço contábil de 2012. A principal revelação é que a empresa teve um prejuízo de R$ 258 milhões em 2012. Em 2011 o lucro foi de R$ 323,6 milhões. A perda milionária de R$ 260 milhões é atribuída à compra de energia térmica, implementação do Programa de Demissão Voluntária (PDI) e investimentos exigidos pela Aneel. Porém, em 2012 os investimentos feitos pela companhia tiveram queda de 10% em relação a 2011.
Apagões: É crescente a reclamação de quedas no fornecimento de energia e oferta insuficiente de eletricidade em várias regiões do estado, com destaque para o Planalto Norte e região Oeste. Empresas estão tendo dificuldade de se instalar em alguns municípios devido a limites no fornecimento de eletricidade. As quedas prejudicam principalmente as propriedades agrícolas, devido ao uso de equipamentos elétricos como ordenhadeiras, estufas e demais estruturas que requerem energia elétrica. Além disso, há demora no restabelecimento do fornecimento de energia nos casos em que a rede é danificada.
(Com informações Assessoria de imprensa/Dirceu Dresch)