O "jeitinho brasileiro" e o SUS - Karina Manarin
O “jeitinho brasileiro” e o SUS

O “jeitinho brasileiro” e o SUS

Muito se falou nesta semana em saúde pública, principalmente pela entrada na Câmara dos deputados do projeto de Lei de Iniciativa Popular para que o Governo Federal destine 10% da arrecadação no setor.

Mais que isso, no entanto, chamou atenção a afirmação do ex-prefeito de Içara e proprietário do laboratório Pasteur, Júlio Cechinel, sobre o não pagamento de exames pelo SUS.

A troca de receitas de exames que são pagos pelo Sistema até que se alcance o valor do procedimento não coberto é prática ilegal. Mesmo porque, possibilita também que se cobre a mais do SUS do que o custo real do procedimento.

Há pelo menos um ponto importante em toda essa questão. Enquanto no senado, com o recurso público arrecadado através dos impostos pagos pelos cidadãos, os políticos têm direito a plano de saúde com todos os exames a que tiverem necessidade, no SUS, pelo menos 40% dos procedimentos não são cobertos.

Quem consulta pelo SUS dificilmente terá condições de pagar R$ 1 mil ou mais por um exame. A única maneira será por ordem judicial e, na fila de espera,muitos padecem.

É mais uma prova da necessidade de mudanças radicais no Sistema Único de Saúde que tanto deixa a desejar nos atendimentos quanto possibilita o “jeitinho brasileiro” e o desvio de dinheiro público.

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