Os brasileiros começam a acompanhar hoje o julgamento do maior escândalo político da história recente de nosso país. A partir das 14 horas o Supremo Tribunal Federal abre os trabalhos para julgar os 38 réus no processo do mensalão.
A história do mensalão começou há sete anos quando a Revista Veja publicou matéria sobre um vídeo apresentando suposto desvio de recursos públicos no Correio. Ali surgiu o nome do então deputado Roberto Jefferson que resolveu conceder uma entrevista onde confirmou a existência de pagamento de salários aos deputados federais em troca de votos em projetos do Executivo.
Renasceu então, o velho balaio de siri: puxa um, saem mais alguns pendurados. Assim instalou-se todo o escândalo que culminou na Ação Penal 470, com 50 mil páginas conhecida popularmente como Mensalão. Entre os 38 réus, o ex-ministro dos Transportes, Anderson Adauto, José Dirceu, José Genuino e Delúbio Soares.
Como no Brasil, a maioria dos processos envolvendo figuras fortes da política geralmente acaba em pizza, existe uma grande expectativa quanto a este julgamento. O STF pode criar um marco na história e iniciar o processo de melhorias na questão política ou acrescentar mais uma azeitona à pizza que há anos permanece no forno quando falamos em esquemas de corrupção neste país.
O detalhe importante neste cenário passa pela participação do Ministro Dias Toffoli. Ele entre outras funções, foi advogado do PT e assessor jurídico da Casa Civl quando José Dirceu era o ministro. Mesmo assim, Tofolli declarou-se apto a participar do julgamento e segundo a imprensa nacional, com apoio do ex-presidente Lula.
Surgem então, novamente questões sobre o que precisa ser modificado neste país. A indicação dos Ministros do STF pela presidência é um destes pontos. Só para exemplificar: Dos 11 atuais ministros do Supremo, seis foram indicados pelo ex-presidente Lula.
Afora detalhes, o que se espera é que de fato o resultado do julgamento do mensalão seja um marco para orgulhos das futuras gerações deste país.