As vésperas da entrega da petição virtual com mais de 1,6 milhão de assinaturas solicitando seu impeachment o presidente do Senado, Renan Calheiros anunciou cortes drásticos na Estrutura da Casa.
No pronunciamento feito ontem, Calheiros calculou economia na ordem de R$ 226 milhões com medidas como a extinção de 500 cargos de chefia e assessoria e a não renovação de contratos terceirizados que vencem na metade do ano.
Além disso, será cortado o atendimento emergencial aos servidores já que eles possuem plano de saúde. São apenas algumas das providências anunciadas e que tem prazo de 30 dias para que sejam detalhadas sobre de que forma será a aplicação das promessas.
Neste cenário, há de se levar em consideração o desgaste de Renan Calheiros como político bem como o dos senadores que o elegeram presidente no dia 1 de fevereiro e que gerou o abaixo assinado virtual.
Afora a tese de que o documento não possui validade nem peso de uma petição formal, como a que gerou a Lei da Ficha Limpa há de se contar o poder da população e das mídias sociais.
O que Renan anunciou ontem faz parte de Reforma Administrativa iniciada por José Sarney mas ela poderia permanecer por anos na Casa, assim como acontece com vários projetos.
A pressão popular, ainda que não tenha a devida validade legal funciona sim. O povo não sabe o poder que tem sobre os políticos.
E convenhamos, se podem ser economizados R$ 266 milhões no Senado, pressionando mais um pouco outros poderes, incluindo Assembléias Legislativas nos Estados, talvez sobre de fato para investimentos em áreas como saúde e educação.
(Foto de Ueslei Marcelino/Reuters/ que circula na internet)
