O relato das Fernandas - Karina Manarin
O relato das Fernandas

O relato das Fernandas

Foram dois relatos de pessoas muito próximas relativos a segurança, que nos fazem refletir sobre qual cenário vivemos.

Na semana passada, Fernanda Cardoso Rodrigues, jornalista de Criciúma, assessora de imprensa em Brasília postou em sua página no Facebook fato ocorrido com sua cunhada ao sair de um restaurante em Criciúma.Ela foi assaltada e teve o carro levado.

Hoje, me deparo com o relato de outra Fernanda e também jornalista. Fernanda Zampolli é editora do Diário de Notícias em Criciúma e teve a casa invadida por bandidos. O relato dela, publicado também na rede social é o grito de todos os que passam por uma situação semelhante e que podem apenas registrar o BO…

O relato de Fernanda Zampoli:

Trabalhei ontem até 1h da manhã e isso me da muita satisfação, porque o trabalho dignifica. Meus pais desfrutavam neste final de semana, de um descanso, em sua casa de praia, adquirida (há muitos anos) com o esforço de muito trabalho.

Mas o final de semana para o seu Clóvis (meu pai) também foi de caridade. Reservou parte do tempo para auxiliar o pedreiro que contratou e junto dos materais de construção, também comprados por ele, foi erguer uma casa para uma família carente.

No início da tarde de domingo, quando retornou do litoral, chegou na sua casa em Criciúma, também adquirida com muito esforço, e encontrou um cenário nada agradável.

Não havia sequer uma roupa no lugar dentro de nossos armários. Recebemos a visita dos ladrões. Apesar de a casa ser cercada de grades, inclusive em todas as janelas.

Levaram todas as jóias e aproximadamente R$ 7 mil em dinheiro. Mas tudo que temos de valor não são nossas jóias, ainda que tenha lamentado muito uma delas (meu anel de formatura) pelo valor sentimental, nem o dinheiro levado. Poderia ter sido muito pior, poderia ter alguém em casa.

Em meio a "Operação SC Mais Segura", me questiono o que mais devemos fazer para nos sentirmos seguros, além de trabalharmos, pagarmos nossos impostos religiosamente em dia e nos cercarmos de muros e grades? O pior de tudo é o sentimento de impotência, diante do exposto.

De sermos invadidos. Me sinto agredida como cidadã, pelo estado, pelo sistema inoperante e em crise, e ai não falo apenas da segurança. Mas agora quero saber quem vai nos proteger? Onde estão nossos direitos?

Meu "direito humano" se resume apenas ao registro de um B.O? Desculpem o desabafo para o início de semana. Agora vou terminar de por as coisas no lugar. Bom dia!!!!"

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