O Brasil deve assistir amanhã ao nascimento de mais um partido político. Entre tantas siglas, o episódio tem um diferencial.
A questão principal do Congresso Extraordinário para a fusão do PPS com o PMN é o fato de o Movimento Democrático, MD, um dos nomes que pode ser definido para a agremiação, ser criado para ser oposição ao Governo de Dilma Rousseff.
Na reunião que aconteceu durante o fim de semana, onde o assunto foi tratado, estiveram figuras conhecidas no cenário nacional, como José Serra e Cristovam Buarque.
O intuito, segundo os mentores, é barrar a aprovação de uma Proposta de Emenda Constitucional que impediria os novos partidos de terem o Fundo Partidário e o direito ao tempo de TV durante a próxima campanha eleitoral.
“Essa proposta pode ser votada na quarta-feira e o que queremos é que quando ela for aprovada, porque o Governo Federal tem maioria, nós já tenhamos protocolado no TSE a nova sigla. Assim estaremos livres dessa nova regra”, disse ontem o vice-presidente do PPS em Santa Catarina, Luciano Formigheri.
Caso de fato essa nova regra passe a valer, atingiria em cheio o partido da sustentabilidade, de Marina Silva, embrionário ainda.
O governo Federal antecipou a eleição de 2014 com a presidente Dilma solicitando inclusive ao governador Raimundo Colombo, em Santa Catarina que o PT esteja na aliança com o PSD, e aniquila qualquer foco de oposição.
Há quase 12 anos, trabalha para perpetuar-se no poder. Pelo menos por ora, o cenário é mais que favorável à presidente, apesar dos tomates.
O levante da oposição no entanto pode acender a luz amarela na Capital Federal.